Na manhã desta quarta-feira, após atirar contra a repórter Alison Parker e o cinegrafista Adam Ward durante uma transmissão ao vivo do canal WSBJ, afiliado à rede CBS no estado da Virgínia, Williams teria enviado o documento intitulado "Carta de suicídio para amigos e família" para a redação da emissora. Ele também teria ligado para a ABC News, às 10h no horário local (cerca de uma hora e meia após o ataque), dizendo estar sendo perseguido por policiais e que "eles estavam por toda parte".
Algum tempo depois da chamada, Bryce Williams foi encontrado em um carro com um ferimento provocado por um tiro. De acordo com a polícia americana, ele foi transportado para tratar dos ferimentos. Williams não resistiu aos ferimentos e morreu em um hospital da cidade de Fairfax, também no estado da Virgínia, cerca de sete horas após o ataque.
No texto da carta, o atirador revela que seu verdadeiro nome era Vester Lee Flanagan II. Ele usava o nome Bryce Williams enquanto trabalhava como jornalista e colega de emissora das vítimas Alison e Adam, na WSBJ. Um dos principais motivos que o levaram ao ataque, ainda segundo o texto, foi uma reação ao tiroteio em uma igreja da comunidade negra de Charleston, na Carolina do Sul, que deixou nove mortos. "Por que eu fiz isso? Eu fiz um depósito para pagar uma arma no dia 19/6/2015. O tiroteio na igreja de Charleston aconteceu em 17/6/2015", revela.
Na carta de 23 páginas, Vester Lee Flanagan também diz que faz menções de admiração aos autores dos massacres de Virginia Tech (2007) e de Columbine (1999), que deixaram 33 e 15 mortos respectivamente. Flanagan ainda revelou que sofria discriminação racial, assédio sexual e bullying no trabalho, "por ser negro e gay". As autoridades americanas ainda não confirmaram se o texto realmente foi escrito pelo atirador.