O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, denunciou nesta terça-feira a responsabilidade criminal do FMI pela situação da Grécia, à beira de um default de sua dívida, e buscou apoio interno ao receber dirigentes dos partidos da oposição.
Dois dias depois de outro fracasso das negociações entre Atenas e seus credores, Tsipras arremeteu duramente contra eles, em uma reunião ante o grupo parlamentar de seu partido de esquerda radical, Syriza.
"Chegou o momento de que as propostas do FMI (nas negociações) sejam julgadas não apenas por nós, mas pela Europa (...)", disse.
Tsipras atribuiu a este organismo multilateral uma responsabilidade criminal pelas medidas de austeridade impostas à Grécia, e que afundaram o país em seis anos de recessão.
O primeiro-ministro grego também atacou as instituições em geral, que incluem os outros credores da Grécia (UE e Banco Central Europeu), além do FMI.
"A insistência das instituições em prosseguir um programa que fracassou (...) é parte de uma motivação política (...) para humilhar um povo inteiro que sofreu nos últimos cinco anos", afirmou.