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Estado de Minas

Novo chanceler uruguaio pede reabilitação do Mercosul


postado em 02/03/2015 18:31

O novo chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, pediu nesta segunda-feira uma reabilitação do Mercosul, rejeitou as práticas protecionistas e defendeu uma diplomacia internacional pragmática, baseada nas necessidades e não em afinidades ideológicas.

"Em nosso julgamento, os processos de integração na América Latina não alcançaram o desenvolvimento esperado e exigem uma reabilitação inadiável", disse Nin ao assumir o cargo, após a mudança de governo no Uruguai, que levou de volta à presidência o socialista Tabaré Vázquez, sucessor do popular José Mujica.

Defendendo a integração, ele pediu "um Mercosul que se reabilite. Que deixe para trás a retórica vazia, que aposte em concretizações e não em discursos que depois não se cumprem".

O bloco sul-americano, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela atravessa uma fase de instabilidade a partir de divergências comerciais, em particular pelas críticas contra a política protecionista argentina.

Sem mencionar diretamente seu vizinho e parceiro comercial, Nin Novoa rechaçou também as práticas protecionistas.

"Se rejeitamos as práticas protecionistas quando os países poderosos as praticam, são ainda mais inadmissíveis quando as sofremos no vínculo entre países irmanados pela História", destacou.

Ele defendeu, ainda, um "pragmatismo responsável" e uma "decisiva vocação regionalista com integração comercial, mas também produtiva, fundamentada nas necessidades dos nossos povos irmãos e não em visões supostamente ideológicas", ao mesmo tempo em que destacou que não se vai "cair na tentação de privilegiar 'a política sobre o direito'".

Em julho de 2012, o agora ex-presidente Mujica tinha causado polêmica no país, ao afirmar que o político suplantou o jurídico na decisão de suspender o Paraguai do Mercosul e de abrir as portas à Venezuela, uma decisão tomada junto com as presidentes de Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner.

A decisão tinha sido adotada após a destituição, pelo Senado, do presidente de esquerda Fernando Lugo, em 22 de junho de 2012.


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