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Estado de Minas

Principais protagonistas da crise de 1914


postado em 28/06/2014 06:00 / atualizado em 28/06/2014 09:46

Alguns dos principais protagonistas da crise que levou a Europa à guerra depois do atentado de 28 de junho de 1914, que matou o arquiduque Francisco Ferdinando em Sarajevo, e da invasão alemã da Bélgica, no dia 3 de agosto:

                                         Veja a retrospectiva da guerra no infográfico

- Gavrilo Princip (1894-1918): estudante nacionalista sérvio da Bósnia-Herzegovina, então sob domínio austro-húngaro, matou a tiros no dia 28 de junho de 1914 em Sarajevo o herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, o arquiduque Francisco Ferdinando, e sua esposa Sofia.

Esse atentado desencadeou a engrenagem diplomático-militar que levou à Primeira Guerra Mundial. Ele morreu de tuberculose em abril de 1918 na prisão e foi considerado um herói na Iugoslávia monárquica, na de Tito, e na Sérvia atual.

- Francisco Ferdinando da Áustria (1863-1914): herdeiro do imperador Francisco José, este arquiduque da Áustria era favorável ao federalismo para substituir o dualismo austro-húngaro. Foi assassinado com sua esposa Sofia em Sarajevo no dia 28 de junho de 1914 pelo estudante nacionalista servo-bósnio Gavrilo Princip.

Seu assassinato, deu início a um jogo de rivalidades e alianças entre as grandes potências, levando à Primeira Guerra Mundial.

- Francisco José (1830-1916): imperador da Áustria e rei da Hungria. Este Habsburgo, viúvo da famosa Sissi, é em 1914 o decano dos soberanos europeus. Depois de chegar ao trono da Áustria após a revolução de 1848, reinou como monarca absoluto antes de ser obrigado a realizar uma política mais liberal.

Ao declarar guerra à Sérvia no dia 28 de julho de 1914, um mês depois do assassinato de seu sobrinho e herdeiro Francisco Ferdinando em Sarajevo, desencadeou a crise militar que precipitaria o conflito mundial. Morreu durante a guerra, em novembro de 1916.

- Guilherme II (1859-1941): último rei da Prússia e imperador da Alemanha. Neto por parte de mãe da rainha Vitória, da Grã-Bretanha, Guilherme II subiu ao trono em 1888 e derrubou o "chanceler de ferro" Otto von Bismarck, responsável pela unificação alemã. Apoiando-se no campo conservador, o kaiser promoveu uma política expansionista e colonialista.

Embora fosse primo de Nicolau II, rompeu a aliança tradicional com a Rússia para se aproximar do Império Austro-Húngaro e da Itália. Depois de fomentar a intransigência austríaca, e sob a pressão de seu Estado-Maior, transformou a crise austro-sérvia em um conflito mundial ao declarar guerra à Rússia no dia 1º de agosto, depois à França no dia 3 e de invadir a Bélgica no mesmo dia. Foi obrigado a abdicar no dia 9 de novembro de 1918 e a se exilar na Holanda.

- Nicolau II (1868-1918): último czar da Rússia. Sucessor de Alexandre III, subiu ao trono em 1894 e confirmou a aliança franco-russa.

Em 1904-1905 envolveu seu país na desastrosa guerra russo-japonesa que provocou a primeira revolução russa. Sua decisão de decretar uma mobilização geral contra a Áustria-Hungria no dia 30 de julho de 1918 levou a Alemanha a entrar em guerra. Nicolau II foi obrigado a abdicar na "revolução de fevereiro" de 1917 e foi assassinado junto com sua esposa e filhos pelos bolcheviques no dia 17 de julho de 1918.

- Raymond Poincaré (1860-1934): presidente do Conselho francês em 1912 e 1913, e da República até 1920. Há tempos defendia uma política de firmeza perante a Alemanha. Embora tenha se mantido à margem da crise do verão de 1914, seus adversários colocaram o apelido de "Poincaré a guerra". Defensor do laicismo, valor mais associado à esquerda, e do patriotismo, à direita, este político frio e frequentemente apresentado como sem imaginação convocou a partir de agosto de 1914 a união sagrada de todos os franceses. A fórmula teria um enorme êxito e a partir de 1920 Poincaré desfrutou de grande prestígio.

- Herbert Asquith (1852-1928): primeiro-ministro britânico de 1908 a 1916, este liberal de convicções pacifistas tentou mediar sem sucesso quando a crise piorava, no fim de julho, o que fez Berlim pensar que Londres ficaria à margem do conflito. No entanto, estava convencido de que era preciso impedir a Alemanha - que desafiava a supremacia naval da Grã-Bretanha - de dominar a Europa continental.

A invasão da Bélgica, um país neutro, pelas tropas alemãs acabou com as últimas dúvidas de Londres, que se colocou ao lado dos aliados e declarou guerra à Alemanha no dia 4 de agosto.

- Alberto I (1875-1934): rei dos belgas. No trono desde 1909, participou ativamente, junto aos aliados, da Primeira Guerra Mundial, tanto no plano militar quanto no diplomático, o que lhe valeu o apelido de "Rei Cavaleiro". Apaixonado pelo alpinismo, morreu em 1934 em um acidente durante uma escalada.

- Pedro I da Sérvia (1844-1921): este sérvio liberal ligado à França se alistou na Legião Estrangeira em 1870, com o nome de Pierre Kara. Foi entronizado em 1903, mas em junho de 1914, devido ao seu estado de saúde, designa seu filho Alexandre como príncipe regente, deixando para ele a responsabilidade das operações militares durante a guerra.

- Enver Pacha (1881-1922): um dos chefes da revolução Jovens Turcos, tornou-se membro da família imperial e arrastou o Império Otomano ao campo das potências centrais. Ministro da Guerra e chefe de Estado-Maior, em abril de 1915 autorizou a deportação em massa de armênios otomanos, que deixaria um milhão de mortos. Pouco depois da vitória dos aliados,renunciou e fugiu para a Alemanha. Foi condenado à morte à revelia.


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