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Estado de Minas

Comitê do Congresso americano aprova projeto de sanções contra autoridades venezuelanas

Pessoas envolvidas em prisões de manifestantes e que dificultam a imprensa tiveram contas e propriedades no exterior congeladas e o visto cancelado. Obama não achou sanções adequadas para o momento


postado em 09/05/2014 14:52 / atualizado em 09/05/2014 15:46

Forças de segurança venezuelanas detém um manifestantes anti-governo em acampamento(foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Forças de segurança venezuelanas detém um manifestantes anti-governo em acampamento (foto: Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

O Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira um projeto de lei com sanções contra responsáveis por violações de direitos humanos durante as manifestações na Venezuela.

O projeto de lei de "proteção dos direitos humanos e da democracia na Venezuela" foi votado pela maioria dos integrantes do Comitê e agora será debatido no plenário da Câmara. Durante a sessão, apenas dois congressistas apresentaram objeções. "Como foi aprovado de modo surpreendente, (...)acredito que a votação no plenário acontecerá em breve. Tenho confiança de que aprovaremos", disse o presidente do Comitê, o republicano Edward Royce. "A aprovação da legislação leva a Maduro a forte mensagem de que o Congresso dos Estados Unidos está atento às atrocidades cometidas pelo seu regime, e que eles serão punidos", disse a congressista republicana Ileana Ros-Lehtinen, autora do projeto.

A lei tem como alvo os responsáveis por prisões políticas e por abusos cometidos contra ativistas, visando também aqueles que tentam impedir o trabalho de jornalistas e a atividade de cidadãos que buscam compartilhar informações sobre os protestos contra o governo. Esses responsáveis teriam contas e propriedades congeladas nos Estados Unidos e seus vistos de entrada no país seriam cancelados.

Mas, para o governo do presidente Barack Obama, as sanções não são apropriadas no momento, apenas um mês depois do início das difíceis negociações entre o governo e o setor moderado da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD). Na última quinta-feira, a subsecretária de Estado adjunta para América Latina, Roberta Jacobson, disse ao Comitê de Relações Exteriores do Senado (que estuda um projeto de lei parecido com o da câmara) que a imposição de sanções seria "contra-producente", embora tenha deixado essa possibilidade em aberto, no caso de uma perda de diálogo com Caracas.

A tensão na Venezuela se intensificou na quinta, quando 243 jovens manifestantes foram detidos durante a madrugada no desmantelamento de quatro acampamentos montados em praças e avenidas da capital.


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