Michel Djotodia, líder da coalizão de rebeldes que no mês passado tomou o poder na República Centro-africana, foi eleito, como se esperava, presidente do país durante a primeira sessão do Conselho Nacional de Transição (CNT).
Djotodia, que derrubou o governo do presidente François Bozizé e se autoproclamou presidente depois dos rebeldes da coalizão Séléka assumirem o controle de Bangui, era o único candidato. Ele foi eleito entre aplausos, sem realizar qualquer votação no CNT integrado por representantes de todas as forças políticas do país.
Segundo uma fonte diplomática, a eleição era um passo obrigatório para dar "um pouco de legitimidade" a Michel Djotodia, já que os comandados por ele controlam, de fato, a República Centro-africana.
Eleito para um período de 18 meses, Djotodia terá de conduzir o país para eleições livres e democráticas e uma nova Constituição, depois de dez anos de regime Bozizé. O novo presidente se comprometeu a respeitar os acordos assinados em janeiro, em Libreville, entre os componentes políticos da República Centro-africana e que proíbem a ele revogar o primeiro-ministro Nicolas Tiangaye, da oposição.