
O suspeito é companheiro da ex-babá da vítima. De acordo com o boletim de ocorrência, registrado pela mãe da criança, no dia 31 de maio, os abusos teriam acontecido dentro da casa da cuidadora, que é vizinha da família.
Em entrevista ao Estado de Minas, a mãe da menina, que preferiu não se identificar, contou que, no dia do crime, quando chegou em casa não encontrou sua filha. Ela então foi até a casa da vizinha, que trabalhava como babá da criança, para pegá-la.
Ao longo da noite, a menina começou a reclamar de dor no “bumbum”. No banheiro a genitora percebeu que a vagina da criança estava esbranquiçada e com mau cheiro. Mesmo depois de limpa, a criança continuou reclamando de dor.
De acordo com a mulher, ao olhar o ânus da filha, ela e o marido perceberam que o local estava machucado, bastante vermelho e com cortes. Ao ser questionada pela mãe, a criança disse que o “titio” - como ela se referia ao namorado da babá - havia colocado o “dedo pequenininho” dentro do “bumbum dela”.
A menina foi encaminhada até uma Unidade de Pronto Atendimento, onde foi constatado que ela havia sido vítima de violência sexual. Conforme o laudo médico, ao qual o Estado de Minas teve acesso, é apontado como diagnóstico principal “abuso sexual”.
Rotina de medo
A mãe da vítima relatou que desde que fez a denúncia estava vivendo uma rotina de medo. Ela conta que apesar de ter conseguido uma medida protetiva contra o suspeito, que foi proibido de se aproximar a menos de 100 metros da vítima, ela e a família tiveram que conviver com o homem. Isso porque o suspeito continuou morando na casa ao lado.
“Depois que eu consegui a protetiva, eu cheguei a ligar para a Polícia Militar relatando que ele estava na residência ao lado que fica a menos de 100 metros da minha. Mas os policiais disseram que não poderiam fazer nada, já que aquele era o endereço de residência dele”, conta.
Ela relata, ainda, que quando estava na porta de casa, ou passava pela rua, o homem ficaria rindo e debochando dela e da criança. “Minha filha não pode brincar na porta de casa porque ele ainda está aqui. Eu não fiz essa denúncia à mídia antes porque acreditei que a Justiça seria feita e ele seria preso”, desabafa.
