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Estado de Minas INSANIDADE MENTAL?

Advogado pede avaliação psiquiátrica de jovem que enterrou mulher em jardim

Ele também pediu à Justiça que o suspeito, que matou e enterrou a vítima no jardim da casa dela, seja avaliado por um psicólogo


11/08/2023 11:23 - atualizado 11/08/2023 11:46
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Leonardo Silva, de 18 anos, afirmou que matou Nilza Costa, de 62 anos, por diversão
Leonardo Silva, de 18 anos, afirmou que matou Nilza Costa, de 62 anos, por diversão (foto: Redes Sociais/Divulgação)

Em nota divulgada à imprensa, o advogado de Leonardo Silva, de 18 anos - que confessou matar e enterrar Nilza Costa, de 62 anos, no fim do mês passado - declarou que solicitou às autoridades competentes verificações no que diz respeito à imputabilidade. Resumindo: se o jovem tem possibilidade de ser responsabilizado criminalmente por seus atos. 

O advogado Luiz Gustavo Vicente Penna disse que pediu para o juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Barretos (SP) autorização para prévia avaliação psiquiatra e psicológica, de forma telepresencial.

Ele acrescentou que somente na posse do laudo será possível informar se o suspeito sofre ou não de alguma doença mental. 

Leonardo Silva é natural de Planura, no Triângulo Mineiro, e o crime aconteceu na casa da vítima, localizada em Barretos, cidade paulista a cerca de 50 km. Ele está detido na Cadeia Pública de Colina (SP).

Incidente de insanidade mental

“Após a verificação da equipe que fará uma análise prévia, para verificar se ele realmente tem algum problema ou não, vamos entrar com o incidente de insanidade mental, previsto no Código de Processo Penal”, declarou o advogado do suspeito.

Penna explicou que o incidente de insanidade mental é para verificar se, na época do crime, o jovem era ou não inimputável. “Para responder ao ato criminoso, o acusado tem que ter conhecimento do que estava sendo feito. Contudo, o escritório, antes de alegar a insanidade, irá elaborar um trabalho técnico preliminar. Na posse do laudo, dependendo do que constar, o caminho jurídico será decidido", finalizou. 

“Matei por diversão”


A Polícia Civil (PC) de Barretos instaurou inquérito para apurar o crime de latrocínio, já que o celular, carteira e alguns objetos pessoais da vítima não foram encontrados. 

"Matei gente", disse Leonardo Silva, inicialmente, para imprensa local. Em seguida, ele afirmou também ter agido por vingança. "Um pouco [por vingança] e diversão também", declarou Silva, que acrescentou não estar arrependido. "Nem um pouquinho. Eu vou matar e arrepender pra quê? Que bandido é esse que mata e se arrepende depois? Usei o dinheiro. Fiz compras. Valeu a pena”.

Além disso, o jovem relatou que estava com raiva da vítima. "Muitas coisas vocês vão descobrir ainda, ao longo da minha vida. Minha vida é uma série", disse Silva.

"Extrema frieza. Agiu por vingança"

O delegado responsável pelo caso, Rafael Farias Domingos, informou à imprensa que, durante o depoimento, o suspeito demonstrou extrema frieza, nenhum tipo de arrependimento e que agiu por vingança.

"Ele parece não ligar para as consequências do que ele fez. Não apresenta remorso. Planejou com tempo esse crime e não apresenta nenhum tipo de arrependimento", afirmou Domingos.

O delegado também contou que Leonardo agiu por vingança. "Há cerca de quatro meses, o rapaz foi morar nos fundos da casa de Nilza, que tinha se proposto a ajudá-lo depois que ele se apresentou a ela como travesti. Ela o contratou para fazer serviços domésticos e Silva pediu demissão do emprego anterior", acrescentou.
 
Ele alega que o crime foi uma vingança, porque ele teria abandonado um emprego anterior para trabalhar na casa da vítima, como serviços domésticos. Mas o combinado acabou sendo desfeito, porque a vítima teria dito que ele não tinha compromisso e o dispensou. Ele ficou sem o emprego anterior, sem lugar pra morar e ficou com muita raiva e começou a planejar a morte dela", contou Domingos.
 
Morta por asfixia
 
Após, supostamente, ter sido mandado embora da casa da vítima, o delegado disse ter apurado que, na madrugada do dia 24 de julho, o suspeito pulou o muro da casa e ficou escondido em um quarto nos fundos. "Quando amanheceu, ele a surpreendeu e a matou por asfixia com um fio", afirmou Domingos.

Antes de enterrar o corpo no quintal, o jovem contou ao delegado que permaneceu na casa por alguns dias. "Ele teve tempo de obter dados bancários da vítima para fazer compras. Uma moto chegou a ser comprada para ser entregue em um apartamento que ele tinha alugado em Barretos com o dinheiro de Nilza. Ele ainda comprou uma pá em uma loja de construções para cavar o jardim, além de cimento e cal".

O corpo foi localizado em 2/8 (quarta-feira), enterrado no jardim da residência dela, localizada no Bairro Los Angeles, após denúncia de vizinhos, que não tinham notícias da vítima há cerca de uma semana.
 


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