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Estado de Minas FRAUDE

Polícia Civil desvenda esquema de compra e venda de veículos em Lavras

Ao menos 50 pessoas foram lesadas no esquema que envolve lojas de Belo Horizonte, Lavras e Varginha


14/06/2023 08:10 - atualizado 14/06/2023 08:44
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Até o momento foram identificadas 50 vítimas do esquema fraudulento
Até o momento, foram identificadas 50 vítimas do esquema fraudulento (foto: PCMG)

Um esquema de fraudes na venda de veículos zero quilômetro está sendo investigado pela Polícia Civil, em Lavras, no Sul do estado, e que já teria feito 50 vítimas. O esquema, desvendado agora, acontece desde 2021.


Uma operação, batizada “Longitude”, com investigações entre os dias 30 de maio e 7 de junho, detectou o esquema. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, em Lavras, Varginha e Belo Horizonte.


Os alvos das cautelares foram sedes administrativas de um grupo empresarial proprietário de diversas concessionárias de veículos novos na capital mineira, além de dois investigados que trabalhavam no setor de vendas da mesma empresa e em uma loja de compra e venda de veículos usados.


Segundo o delegado Leandro de Prada Macedo Costa, que coordena as investigações, um veículo zero era ofertado ao cliente e, como entrada, ele deveria entregar o automóvel, ocasião em que era aceito com um valor igual ou próximo à tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), devendo o cliente pagar apenas pela diferença do preço do bem a ser adquirido.


Em seguida, era celebrado um contrato de compra e venda, denominado contrato premium, entre a empresa do investigado e o cliente comprador para aquisição do veículo 0 km.


Fraude


Depois que a empresa recebia o veículo usado, o cliente era comunicado que diante do faturamento do veículo seria necessário o pagamento do valor que restou após a entrega do usado, na conta bancária em nome da empresa do suspeito ou da própria conta pessoal do investigado, sob o argumento de que seria feito o repasse imediato do montante à concessionária.


A vítima era orientada a aguardar o prazo contratual de recebimento do bem, sendo informado que o veículo chegaria a Lavras e lhe seria entregue pelos prepostos da empresa.


“Após essa primeira fase, o proprietário e seus prepostos se apoderaram do dinheiro em espécie repassado pelo cliente e, nos casos em que o negócio celebrado envolvia o recebimento do veículo usado, realizavam a venda do respectivo automóvel a lojas especializadas na compra/venda de veículos nesta região. No instante em que um particular resolvia adquirir o bem, o cliente realizava a transferência formal no automóvel, via sistema do Detran, e permanecia no aguardo da chegada do veículo 0 km adquirido”, diz o delegado Leandro.


Contudo, conforme investigações, os valores acertados pelo cliente ou mesmo o apurado adquirido pela venda do veículo usado utilizado no negócio celebrado jamais eram repassados às montadoras, ou concessionárias e, assim, os suspeitos se apoderaram ilicitamente da quantia paga pelo cliente.


Na fase atual da nova fase da operação Longitude, a Polícia Civil apreendeu cinco veículos de alto padrão, vários arquivos digitais, dois celulares, um notebook e uma pasta contendo diversos documentos.


Ao todo, na primeira fase da operação, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, 27 mandados de busca e apreensão e o afastamento do sigilo fiscal de sete investigados.


Dez inquéritos já foram finalizados pela Polícia Civil e encaminhados à Justiça no último mês, com a representação cautelar visando à decretação da prisão preventiva dos investigados. Há ainda mais de 20 inquéritos que seguem em fase final de investigação contra a organização criminosa.



 


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