
Cada unidade terá capacidade para atender até 10 pessoas. As vagas serão ocupadas por meio de encaminhamentos, considerando critérios estabelecidos pela prefeitura.
Além das unidades para pessoas com deficiência, a PBH também anunciou a criação de uma unidade de acolhimento familiar, com capacidade para receber até 30 famílias. Ainda não há previsão para inauguração, mas a expectativa é que a unidade comece a funcionar ainda neste ano.
Com foco no envelhecimento da população em situação de rua, especialmente os homens, o executivo municipal também planeja abrir um novo abrigo para acolher os homens mais velhos, entre os 45 e 60 anos. Ao todo, serão 50 vagas.
A proposta da prefeitura é criar diferentes unidades de acolhimento para aqueles mais vulneráveis e que demandam serviços específicos. "Essas pessoas acima de tudo precisam de cuidado. É um trabalho integrado para que possamos dar condições mínimas a essas pessoas", afirmou o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, em coletiva de imprensa.
A população de rua da capital também será incluída no Cadastro Único, programa que identifica pessoas e famílias de baixa renda, para que tenham acesso ao Bolsa Família.
Saúde e moradia
A escalada de pessoas em situação de rua fez com que a Prefeitura de BH anunciasse uma série de ações assistenciais para essa população. A iniciativa conta com investimentos em moradias sociais, ações de saúde e incentivo ao emprego.
Em oito anos, a população em situação de rua de Belo Horizonte cresceu 192%, conforme aponta o Censo Pop Rua, realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, em parceria com o executivo municipal. "É um trabalho integrado para que possamos garantir condições mínimas a essas pessoas", afirma Fuad.
A partir da próxima semana, a população terá um consultório de rua em cada regional da cidade, funcionando uma vez por semana. O serviço, que normalmente atua de forma itinerante, presta atendimentos de saúde, odontológicos, testes rápidos de HIV e marcação de exames.
A PBH também prevê investimentos para viabilizar o aluguel social e compra de móveis básicos para as famílias em situação de rua. O executivo municipal estima que serão gastos quase R$ 15 milhões nessa iniciativa.
