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Estado de Minas SUSTO

'De pijama na rua': teste-surpresa de sirenes assusta moradores do Barreiro

O teste dos alarmes foi feito por uma empresa instalada no Bairro Vale do Jatobá e, segundo o diretor, a falha já foi corrigida


17/03/2023 19:30 - atualizado 17/03/2023 19:32

Rua com casas
Barulho foi alto na Avenida Perimetral, no bairro Santa Rita (foto: Reprodução/ Google Street View)
Um teste de sirene assustou moradores da Região do Barreiro, em Belo Horizonte, na tarde dessa quinta-feira (16/3). Nas redes sociais, circula um vídeo do momento, em que é possível ouvir o som e um homem falando ao fundo. 
 
O espanto foi tanto, que a moradora Maria Jane Vieira da Silva estava ao telefone e saiu correndo para a rua. "Não entendi nada, saí desesperada, de pijama. Não soube o que estava sendo falado no alto falante, só ouvi algo sobre defesa civil, e quando nós fomos pra fora, achei que fosse risco de inundação ou barragem. Eu e os vizinhos não entendemos, só corremos para o meio da rua", diz.
 
Segundo ela, o alarme soou duas vezes e, ao retornar para casa, não quis ligar a TV ou o rádio para saber se algo aconteceu, por medo de não ouvir um novo barulho. 

Moradores de bairros próximos, como Mangueiras e Mineirão, também disseram em redes sociais que ouviram o som da sirene. Dagmar Dutra, moradora do Independência, bairro vizinho do Vale do Jatobá, foi uma das pessoas que escutaram o barulho. "Fiquei com medo. Não sabia o que estava acontecendo", afirma.  

Enquanto Jenifer Silva, moradora do bairro Santa Rita, comenta que na hora do ocorrido só pensou em correr: "Eu e minhas clientes estávamos assustadas, no meu estúdio de beleza. Só lembro que foi um barulho de sirene muito alto, e eu entendi na mensagem 'atenção, atenção, todos devem sair', a voz estava muito embolada", relata.

O que eram as sirenes?

Os alarmes que soaram eram da EKM Sirenes, que fica no bairro Vale do Jatobá, enquanto era realizado um  teste de sirene e mensagem de responsabilidade. De acordo com o diretor da empresa, Andreas Baumgart, geralmente esse procedimento é comum, mas quase inaudível, por se tratar de uma verificação dos aparelhos que serão instalados em outros locais, como regiões de barragem. 

"Somos representantes de uma empresa alemã, e as sirenes não vêm montadas. Precisamos construí-las; nossas instalações ficam no Barreiro. Todos os materiais estão soltos, fazemos as montagens e depois os testes de condicionamentos. Não há sirenes instaladas no Barreiro, elas estão na região provisoriamente, até que fiquem prontas para levá-las aos clientes", explica. 
Baumgart também afirma que a situação já foi corrigida internamente. "Foi feita uma revisão interna de procedimentos, para que os testes de sistemas sejam feitos em volumes mínimos. Tanto que hoje foi realizado novamente, e quase ninguém ouviu. Entendemos perfeitamente o susto, já que houve (as tragédias de) Mariana e Brumadinho. Inclusive, viemos para o Brasil em 2017, por causa do acidente em Mariana."
 
"Temos muitas sirenes instaladas em Minas, e isso não vai mais acontecer. Os testes continuam, mas de maneira silenciosa, e os moradores não vão perceber. Nossa intenção não é assustar os moradores", finaliza. 

* Estagiário sob supervisão do subeditor Thiago Prata


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