
O servidor, que não teve o nome divulgado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), é apontado como dono de um complexo e estruturado laboratório para produção de drogas e teve a prisão preventiva decretada, mas está foragido. A sentença foi proferida na última sexta-feira (24/2).
Conforme a Semad, o engenheiro também responde a processo administrativo disciplinar, que está em curso na Controladoria-Geral do Estado (CGE). Em relação à condenação, a Secretaria pontua que se trata de um crime praticado por um cidadão – fato que não está relacionado “com a instituição pública em que atuou”. Leia nota completa no fim da reportagem.
O crime
Conforme explica o MPMG, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata apreendeu, em 29 de outubro de 2020, durante a segunda fase da operação Nematoide, 200 pés de maconha em um imóvel alugado pelo engenheiro na zona rural de Ubá. No local funcionava “um sofisticado centro de armazenamento, cultivo e produção da droga”, diz o MP.

A equipe policial encontrou um ambiente altamente estruturado, com aparelhos de ar-condicionado, esquema de irrigação e iluminação para as plantas proibidas.
À época, o Gaeco cumpria um mandado de busca domiciliar expedido pela Justiça, sendo localizados na residência do servidor diversas espécies de sementes do entorpecente e cadernos com anotações para a produção da substância.
Comunicado da Semad
"A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) esclarece que o engenheiro agrônomo condenado pela Justiça por tráfico de drogas encontra-se afastado do cargo de gestor ambiental da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) Zona da Mata desde 2018. Cabe ressaltar que se trata de um crime praticado por um cidadão, e que não há relação com a instituição pública em que atuou.
Informamos ainda que, no âmbito administrativo que compete à pasta, o servidor em questão também responde a processo administrativo disciplinar, em curso na Controladoria Geral do Estado (CGE), para que sejam tomadas todas as medidas cabíveis, após o direito à defesa e ao contraditório.
A Semad reitera que não compactua com desvios de conduta que ferem os princípios da legalidade e ética e a idoneidade da instituição. A Secretaria, por meio da Supram Zona da Mata, contribuiu com todas as informações e ações solicitadas pelo Ministério Público nas investigações durante a Operação Nematoide."
