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Estado de Minas SABINÓPOLIS

Moradores de cidade mineira denunciam reuso de covas em cemitério

Imagens feitas no último sábado (11/2), em Sabinópolis, mostram um corpo sendo retirado de um túmulo para que outro fosse sepultado no mesmo local


16/02/2023 16:50 - atualizado 16/02/2023 18:50

Os moradores de Sabinópolis, na Região do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, denunciam que funcionários da Prefeitura de Sabinópolis estão reaproveitando covas do cemitério da cidade. Um dos episódios aconteceu no último sábado (11/2), quando, durante um sepultamento, o corpo de uma mulher teve que ser desenterrado para que o de outra pessoa entrasse no mesmo local. 

Em entrevista ao Estado de Minas, o pastor Reinaldo dos Santos Julião, amigo do filho do homem que estava sendo sepultado durante o fim de semana, contou que a família não sabia da situação. Mesmo constrangidos, os presentes gravaram a ação dos funcionários. De acordo com o pastor, depois do ocorrido a família soube que a mulher que foi retirada da sepultura havia falecido há um ano, devido a complicações da Covid-19. 

Com o caixão ao lado da cova, os profissionais abriram uma segunda urna funerária que já estava enterrada no local. Imagens mostram o corpo, que seria de uma mulher, sendo retirado do túmulo, para que desse “lugar” para a pessoa que estava sendo velada. 
 
Imagem de vídeo mostra retirada de urna de cova
Prefeitura de Sabinópolis informou que o cemitério da cidade está em "processo de reforma" (foto: Arquivo Pessoal / Divulgação)
 

“Eu tô filmando para vocês verem que covardia estão fazendo aqui. A outra família ninguém sabe onde está, onde mora. Estou filmando para vocês verem que não é brincadeira. O povo tá todo desesperado”, começa narrando Reinaldo. 
 

Ainda conforme o pastor, os familiares entraram com um processo contra a prefeitura, devido ao ocorrido.

Reforma 

Por meio de nota, a Prefeitura de Sabinópolis informou que o cemitério da cidade está em “processo de reforma” e que já existe um projeto de ampliação. No entanto, por se tratar de uma obra pública, os trabalhos deverão seguir os "trâmites legais da Lei de Licitações”. Na segunda-feira (13/2), o prefeito Carlos Roberto Barroso Mourão (PT) pediu desculpas às famílias envolvidas. 
 

A reportagem questionou a prefeitura se a família da pessoa retirada da sepultura foi informada previamente sobre o procedimento e qual o destino do corpo, mas não recebeu resposta. 
 
 
Pelas redes sociais, moradores da cidade se mostraram inconformados com a situação. “O cemitério é um projeto que nunca devia ficar no papel esperando a hora que der pra fazer. Tem que ser uma obra que a prefeitura teria que colocar como prioridade porque isso que aconteceu é muito grave e uma grande falta de respeito com a família”, afirmou uma usuária. 


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