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Estado de Minas CASO ELIZA

Pensão atrasada: mãe de Eliza Samúdio fala sobre decreto de prisão de Bruno

Justiças do MS e RJ decretaram prisão do ex-goleiro por não pagar pensão do filho há 3 anos. Ex-goleiro deve R$ 90 mil e arrecadou R$ 20 mil em vaquinha


17/08/2022 19:35 - atualizado 17/08/2022 21:29

Bruno Fernandes cumpre pena em regime aberto pelo assassinato de Eliza Samúdio em 2010
Bruno Fernandes cumpre pena em regime aberto pelo assassinato de Eliza Samúdio em 2010 (foto: foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 14/03/2017)
Na última quinta-feira (11/8), a Justiça de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, decretou a prisão do ex-goleiro Bruno pelo atraso no pagamento da pensão alimentícia para seu filho com Eliza Samúdio. A mãe de Eliza, Sônia Moura, falou sobre os últimos desdobramentos do processo judicial em live nesta quarta-feira (17/8).
 
Bruno Fernandes cumpre pena em regime aberto pelo assassinato de Eliza Samúdio, em 2010, e deve R$ 90 mil em pensão alimentícia ao filho de 12 anos que teve com a modelo. O valor é referente ao atraso de 3 anos no pagamento de 2 salários mínimos por mês, desde janeiro de 2020.

Em maio, a Justiça do Mato Grosso do Sul já havia também pedido a prisão de Bruno pelo atraso. A defesa de Bruno entrou com um pedido habeas corpus na Justiça fluminense que foi negado nesta terça-feira (17/8). Assim, continua valendo o pedido de prisão.

Sônia, que é responsável pelo neto, participou de live no Instagram de Márcia Goldschmidt. Ela conta que recebeu uma proposta de acordo com o ex-goleiro que considerou aceitável. "Dentro das possibilidades dele [Bruno], que fala que não tem dinheiro, ficaria uma situação boa para o Bruninho", afirmou.

No dia seguinte, segundo a avó, outra proposta foi feita. Seriam pagos R$ 30 mil e o restante viria depois, em 12 parcelas. Ela não aceitou. "Quem me garante que ele ia cumprir esse acordo? Eu não tinha essa garantia. Ele podia muito bem depositar os R$ 30 mil e depois falar 'bem, paguei os R$ 30 mil, não vou pagar o restante, porque ai não ia ter a prisão", disse.

Ela reafirmou a importância do pagamento da pensão como um direito do neto, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), além do processo indenizatório pela morte da mãe, que corre em separado. "Dizem que eu estou me vingando do Bruno. Me vingando? Eu busco os direitos que ele [Bruninho] tem por lei. É vingança? É o minimo", afirmou.

Vaquinha arrecada R$ 20 mil em 3 dias

O ex-goleiro lançou, no último domingo (14/8), uma vaquinha online para arrecadar o valor necessário para pagar a pensão do filho e evitar sua prisão. Com 197 apoiadores, R$ 19.439,00 já foram arrecadados – cerca de 20% da meta de R$ 90 mil. O ex-goleiro também anuncia um Pix para receber doações, cujo valor não é público.

Bruno também anunciou rifas de camisas de quando jogava no Flamengo. Uma das blusas é da edição comemorativa dos 200 jogos dele pelo clube e tem autógrafos dos jogadores de 2009. Cada rifa custa R$ 30. Outras duas camisas são rifadas por R$ 50.

Questionada sobre a vaquinha, Sônia criticou o uso do nome do neto, Bruninho, na campanha. "A responsabilidade é dele, vem de anos, ele sabia que em algum momento poderia ser preso. Vamos ver se eles vão prestar conta disso, o que é que eles vão fazer se houver um dinheiro a mais, se é que eles vão encerrar essa vaquinha quando atingir o objetivo, ou vão continuar."

Atualmente, Bruno joga pelo Atlético Carioca, de São Gonçalo, e chegou a montar, em fevereiro deste ano, uma loja de açaí em São Pedro da Aldeia, cidade vizinha de Cabo Frio. Ele tem outras três filhas e é casado.
 
*Estagiária com supervisão do subeditor Diogo Finelli. 


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