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Estado de Minas SEGURANÇA

Em acordo com o MP, Vale investirá R$ 40 milhões na segurança de barragens

Anúncio ocorre após o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH, matar 272 pessoas, em janeiro de 2019


08/08/2022 21:06 - atualizado 10/08/2022 13:58

Rompimento de rejeitos de barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, na Grande BH em janeiro de 2019
Rompimento de rejeitos de barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, na Grande BH em janeiro de 2019 (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A press)
A Vale assinou nessa segunda-feira (8/8) um termo de compromisso com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no qual se compromete a definir e adotar as melhores práticas internacionais relativas à segurança das barragens que não foram cadastradas pela mineradora nos órgãos ambientais dentro do prazo. 
 
Agora, em um novo capítulo, o MP destaca que serão adotadas as “melhores e mais rigorosas práticas internacionais para gestão de estruturas de disposição de rejeitos, conforme o Padrão Global da Indústria de Gestão de Rejeitos (GISTM, em inglês), de modo a evitar danos às pessoas e ao meio ambiente”. 

Para isso, a Vale afirmou que investirá R$ 40 milhões na segurança de barragens. Além disso, a mineradora alega que disponibilizará R$ 5 milhões em recursos para o projeto do MPMG intitulado “Meio Ambiente Acolhe – Cuidar é a Nossa Natureza” – uma iniciativa que, segundo o órgão, visa a redução dos “impactos causados pela pandemia e pelas mudanças climáticas na população em situação de rua”. A área de abrangência do projeto, no entanto, não foi informada. 
 
Conforme o MPMG, o acordo firmado nesta tarde também prevê “a disponibilização de informações desses empreendimentos ao poder público, além do investimento dos recursos em projetos de segurança de barragens no estado”. Logo, com a mudança, a mineradora seguirá padrões globais de segurança, segundo o órgão. 

Ainda segundo o MP, também foram concluídos os detalhes de um aditivo aos termos de compromisso de segurança de barragens firmados em 2019. “O acordo incorpora os aprendizados dos últimos três anos, no sentido de tornar a gestão das estruturas mais eficiente e aproximar os órgãos técnicos do acompanhamento das medidas de segurança nas barragens da empresa”, conclui. 
 
Ao anunciar, em comunicado oficial, o resultado do encontro, o Ministério Público mineiro dá o tom de um grande acontecimento. “A mineradora tem buscado um novo tipo de expertise para solucionar os problemas antigos. É uma evolução! Temos que enfrentar os problemas com sabedoria, desprendimento e coragem”, avalia o procurador-geral de Justiça Jarbas Soares Júnior, via nota da assessoria.  
 

Da dor à arte

 
Em janeiro de 2019, o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH, matou 272 pessoas. O campo de futebol próximo ao local do desastre foi utilizado para o pouso de helicópteros e o depósito dos corpos das vítimas.

No fim de julho, o Estado de Minas mostrou que o artista francês Guillaume Legros realizou uma pintura gigantesca, com tinta biodegradável, no campo de futebol do bairro Córrego do Feijão. Braços interlaçados pintados pelo artista plástico, que atende pelo nome Saype, formaram uma “corrente” humana e buscaram resignificar um ambiente que passou a evocar, nas lembranças dos moradores, os traumas de uma tragédia que entrou para a história do país.
 
Com a iniciativa, Brumadinho entrou para o rol das 30 cidades ao redor do mundo escolhidas pelo artista para deixar sua marca com o projeto “Beyond Walls” (Além dos Muros), iniciado em 2019 e a ser concluído em 2023.

A Praia de Copacabana e o Instituto Heitor Carrilho, que integra a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, ao lado do Morro do Zinco, na Região Central do Rio, também receberam as intervenções do artista na ocasião. 


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