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Estado de Minas REVIRAVOLTA?

'Ele não sabia que era álcool': diz advogado de suspeito de matar menina

Cliente do advogado Ricardo Rocha é um guia espiritual e suspeito de homicídio doloso contra uma menina de 5 anos durante um ritual religioso


03/08/2022 19:55 - atualizado 04/08/2022 09:32

Presídio de Frutal
O guia espiritual está preso no presídio de Frutal (foto: Jornal Pontal/Divulgação)
 
O caso da pequena Maria Fernanda Camargo, de 5 anos, que morreu queimada em ritual religioso no dia 24 de março em residência de seus avós, pode ter uma reviravolta: é o que acredita Ricardo Rocha, o advogado de defesa de um dos suspeitos pela morte da criança, que é guia espiritual umbandista.
 
O cliente dele, que está preso em presídio de Frutal, é apontado pela Polícia Civil (PC) como quem teria jogado no corpo da criança álcool com ervas e aproximado a vela acesa. Ele foi indiciado, juntamente do auxiliar dele, além da mãe, tia e avós maternos da vítima, por homicídio com dolo eventual.
 
“Ele não sabia que tinha álcool no frasco. Ele achou que fosse água com ervas. No momento que benzeu a menina, em um ritual de cura, ele estava incorporado e disse que não lembra quem lhe passou o líquido, mas sabemos que o mesmo foi preparado pela avó da menina", afirma o advogado.

"Eu acredito que vai acontecer uma reviravolta nesse caso”, considerou Ricardo Rocha, que aguarda a Justiça de Frutal marcar a data da audiência de seu cliente, no fórum da comarca do município. Acredito que em setembro deva acontecer a audiência”, adiantou.

Seis indiciados

No final do mês de maio, a PCMG indiciou os seis suspeitos pelo crime de homicídio com dolo eventual de Maria Fernanda Camargo, de 5 anos, que morreu após sofrer queimaduras em um ritual no dia 24 de março, em residência de seus avós maternos, na cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro.
 
As investigações da 3ª Delegacia Regional de Frutal concluíram que o guia espiritual e seu auxiliar, além de parentes da vítima - mãe, avós maternos e tia - assumiram o risco de matar a criança.
 
A mãe da vítima, a avó materna, a tia e o guia estão presos na Penitenciária Professor Aloísio Inácio Oliveira, em Uberaba, a cerca de 130 quilômetros de Frutal.
Já o avô de Maria Fernanda e o auxiliar do líder espiritual respondem pelo crime em liberdade provisória.

Primeira versão foi de acidente doméstico

À época do crime, em 24 de março, os suspeitos disseram ao delegado de plantão da Polícia Civil de Frutal que Maria Fernanda teria se ferido em um acidente doméstico envolvendo álcool e uma churrasqueira.
 
“Contudo, as investigações apontaram que a vítima teria sido usada em um ritual de evocação e incorporação de espíritos, na companhia dos avós, da tia e da mãe”, declarou a nota da PC, divulgada no final de maio.
 
Ainda segundo a PC, o homem apontado como líder espiritual teria jogado álcool com ervas no corpo da criança e, posteriormente, ateado fogo usando uma vela, queimando-a viva.
 
A pequena Maria Fernanda morreu em decorrência de queimaduras que atingiram quase 100% do corpo dela. Ela faleceu na madrugada de quinta-feira, 25 de março, em um hospital de São José do Rio Preto (SP).
 
A vítima, que cursava o primeiro ano do ensino fundamental da Escola Particular Vencer, em Frutal, foi sepultada no Distrito de Santo Antônio do Rio Grande, conhecido como Lagoa Seca, em Fronteira (MG), a cerca de 60 quilômetros de distância.


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