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Estado de Minas QUEDA AO NASCER

Pai de bebê com traumatismo e testemunhas prestam depoimento à polícia

Família responsabiliza Maternidade Sofia Feldman por negligência no momento em que recém-nascida bateu a cabeça no chão ao nascer; mãe não evitou queda


18/05/2022 17:01 - atualizado 18/05/2022 18:26

Criança internada no hospital com pontos na cabeça
Criança levou 11 pontos na cabeça e passou por cirurgia (foto: Arquivo pessoal)
 
Funcionários do Hospital Sofia Feldman, testemunhas e o pai da recém-nascida Olívia, Osmar Pereira, prestaram depoimento nesta quarta-feira (18/5) à Polícia Civil para investigar as circunstâncias que levaram o bebê a sofrer traumatismo craniano ao nascer. Na semana passada, a mãe, Josiane Marques Pereira, se sentiu mal na recepção do local e deu à luz logo em seguida, o que levou a criança a bater fortemente a cabeça no chão.
 
A bebê precisou passar por cirurgia de cerca de três horas às pressas no Hospital João XVIII e levou 11 pontos na cabeça. A mãe alegou que houve negligência do Sofia Feldman no atendimento e registrou boletim de ocorrência na Polícia Militar. Olívia teve alta há uma semana e se recupera em casa. 

Segundo Josiane, houve demora excessiva para que ela fosse atendida por um médico, sem que houvesse tempo de evitar o incidente.

O advogado da família, Leandro Furno Petraglia, está recolhendo imagens mais claras para apresentá-las à Justiça no processo. “O objetivo é captar momentos antes e depois do nascimento da criança com o objetivo de mensurar o tempo em que a mãe ficou à espera na recepção. “Estamos buscando 50 minutos de gravação para reforçar o tempo de espera que ela ficou na recepção até ser atendida, a falta da triagem, que é onde está o ponto de negligência no hospital”, afirma. 

“No vídeo, é possível perceber que a Olívia cai no momento do parto. Vamos requisitar outras câmeras, em outros ângulos, para comprovar esse tempo de espera”, acrescenta o advogado.

Segundo Petraglia, o prontuário médico ainda não foi entregue pelo Sofia Feldman. A família tenta via Justiça que a recém-nascida tenha tratamento satisfatório que evite problemas de saúde no futuro.  

“O principal ponto para a família, que está bem abalada, é garantir a saúde da Olívia daqui para a frente. Precisamos concentrar na evolução do tratamento dela, fazer um acompanhamento com pediatras, neurologistas e outras especialidades para averiguar se a cirurgia não deixará sequelas. O principal foco da família é que ela tenha uma vida saudável de agora em diante. Precisamos também averiguar se isso vai envolver um custo da maternidade. Isso será feito ao longo do processo”, afirma o advogado. 


'Evolução fora do habitual' 


Em nota ao Estado de Minas na segunda-feira (16/5), a Maternidade Sofia Feldman informou que a paciente chegou ao hospital no dia 6/5 (sexta-feira) e foi acolhida imediatamente e classificada como verde, podendo esperar até duas horas para atendimento. Segundo o hospital, Nesse período, houve uma evolução fora do habitual (50 minutos), culminando com o nascimento da criança de uma forma extremamente rápida, não havendo tempo de preparação da equipe de atendimento para o importunado desfecho. 

Para Josiane, a cena traz reflexões profundas. “Tentamos criar forças e voltar com o lado psicológico normal. Queira ou não, ela agora precisa de cuidado. Eu preciso estar bem para isso. Mas é uma cena que não vou esquecer nunca”, avisa a mãe.


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