(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas SEGURANÇA

Assalto ao BH Shopping: estratégias de segurança devem ser revistas

Associação de lojistas garante que o assalto à joalheria foi um "ponto fora da curva" e que possíveis falhas serão avaliadas após o crime


09/05/2022 13:04 - atualizado 09/05/2022 14:10
432

joalheria bh shopping
Shoppings de BH e Grande BH devem rever estratégias de segurança após assalto à joalheria (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Estratégias de segurança nos shoppings de Belo Horizonte e Grande BH devem ser revistas após o assalto à joalheria do BH Shopping, no Bairro Belvedere, Região Centro-Sul da capital, nesse sábado (7/5). É o que afirma a Associação dos Lojistas dos Shoppings de BH e Grande BH (AloShopping). 

Reconhecidos como ambientes seguros e confortáveis, a associação belo-horizontina garante que o crime foi um “ponto fora da curva”. No entanto, declara que é necessário entender as possíveis falhas que possam ter favorecido o cenário para o crime. 

“A segurança nos shoppings é muito boa, o consumidor pode ficar tranquilo. Neste caso, as estratégias vão ser revistas: se houve falha, como foi e de que maneira podem melhorar a segurança”, pontuou Alexandre Dolabella, diretor da Aloshopping, em entrevista ao Estado de Minas. 

Nacionalmente, a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) declarou que atua em conjunto com autoridades competentes da segurança pública no combate à criminalidade e “garantia do bem-estar e da ordem em todos os empreendimentos
associados à entidade”. 

Em nota, a Abrasce afirmou que conta com um Comitê de Segurança especializado na proteção de shoppings. “Este grupo mantém uma forte interlocução com secretarias de Segurança municipais e estaduais, contribuindo com investigações em andamento”, afirmou, ao enfatizar que ocorrências pontuais, como o caso do assalto no BH Shopping, não comprometem a tranquilidade oferecida aos lojistas e clientes ao longo dos anos de operação.

“Crime sofisticado” 


Para o especialista em Segurança Pública e professor da PUC Minas, Luis Flávio Sapori, crimes desta natureza envolvem uma ação articulada e planejada. “Esse tipo de crime é muito difícil de ser prevenido porque é uma ação muito bem articulada e de alto grau de profissionalismo por parte dos criminosos”, comenta. 

Ao analisar o crime, Luis Flávio pontua: “É um crime que envolve, com clareza, uma encomenda, um mercado paralelo de joias e relógios roubados de alto valor”.

Este não é o primeiro assalto a lojas de alto valor na região Sudeste do país em 2022.  Em 15 de abril, uma joalheria de luxo dentro do Shopping Metrópole, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, foi alvo de bandidos. Em janeiro, criminosos invadiram um estabelecimento no Shopping Iguatemi, também em São Paulo. 

Quanto a isso, Luís Flávio acredita na segurança dos shoppings, mas vai além. Para o especialista, apesar do ambiente ser seguro e assaltos como o do BH Shopping serem pontuais, é necessário "desmembrar toda a rede de criminalidade”. 

 “Eu acredito que as medidas básicas já são tomadas pelos shoppings, que desenvolvem um sofisticado mecanismo de segurança privado. No entanto, a única maneira de evitar isso no futuro é desmembrando toda a rede de criminalidade envolvida nesse tipo de ação através de um trabalho de investigação policial”, defende. 

Ou seja, para dar fim a crimes desta natureza, é necessário a identificação tanto dos atores que cometeram o crime, como dos receptores que alimentam o mercado paralelo de compra e venda de objetos de luxo roubados.  


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)