Jornal Estado de Minas

REGIÃO CENTRO-SUL

Assalto no BH Shopping: um dia depois do crime, vida volta ao normal

Um dia após o assalto a uma joalheria, a vida no BH Shopping, Região Centro-Sul da capital mineira, transcorre normalmente. Com as lojas abertas, o centro de compras apresenta bom movimento de clientes neste domingo (8/5).




 
estabelecimento roubado ontem tem duas unidades no espaço – ambas estavam fechadas. Segundo contaram funcionários do shopping, elas não funcionam aos domingos.
 
 

Clientes contaram ao Estado de Minas que, ao andar pelos corredores, perceberam reforço na proteção. A análise vai ao encontro do que a reportagem percebeu durante os 60 minutos em que percorreu os diferentes pisos do espaço, que fica no Bairro Belvedere, na divisa entre Belo Horizonte e Nova Lima.
 
O analista de sistemas Vitor Augusto, de 28 anos, aproveitou a tarde para pagar contas (foto: Marcos Vieira/EM/D.A press)
 

"Vi muitos seguranças do lado de dentro e do lado de fora", disse o analista de sistemas Vitor Augusto, de 28 anos, que aproveitou a tarde para pagar contas.





Ele passou perto do BH Shopping na tarde de ontem, em meio ao pânico causado pela ação do grupo de assaltantes – que, segundo a Polícia Militar, teria nove integrantes. 

"Vim tranquilo, sabendo da segurança. Passei por aqui ontem, vindo da casa da minha namorada, e estava tudo fechado. Na hora, me deu certo medo, mas, hoje, está bem mais tranquilo".
 
O biomédico Arthur Felício, 25, deixou tranquilamente as dependências do shopping (foto: Marcos Vieira/EM/D.A press)
 

Com uma sacola de compras nas mãos, o biomédico Arthur Felício, 25, deixou tranquilamente as dependências do shopping. Ele contou ter sentido reforço na segurança.

"A gente fica meio inseguro de estar nos locais, mas BH está toda assim. Então, temos que nos acostumar", assinalou.

"O shopping está cheio. Nem parece que houve o incidente", corroborou a vendedora Darcilene Souza, de 45 anos, que aproveitou o domingo para passear com o filho.





O ponto de maior concentração de pessoas nesta tarde era a praça de alimentação. Em alguns restaurantes, consumidores formavam longas filas.
 
 

Vendas sentem reflexo de dia de pânico

O sábado era promissor quando Aline Santos, 23, chegou ao quiosque de vendas em que dá expediente. Ela trabalha no BH Shopping entre parte da manhã e o meio da tarde. Antes do assalto, segundo a jovem, os resultados eram bons – impulsionados pela véspera do Dia das Mães. 

Depois do assalto, o shopping interrompeu as atividades por algum tempo. As lojas foram reabertas, mas o pânico espantou os clientes.

"Só houve duas vendas depois do ocorrido. Era para ter mais. O dia começou maravilhosamente bem", lamentou.

Ela fazia suas atividades normalmente quando foi surpreendida por barulhos e corre-corre causados pela ação dos bandidos.

"Entramos em uma loja vizinha e ficamos escondidos por uns quarenta minutos", relembrou.




Ação teve refém e carros de São Paulo

Para a fuga, os bandidos capturaram um segurança do BH Shopping. O refém foi abandonado em uma estrada próxima ao local do assalto.

O escape dos ladrões foi viabilizado por carros com placas do estado de São Paulo. A polícia suspeita que o bando atue, também, em outros pontos do país.

Ontem, testemunhas contaram à reportagem que viram suspeitos quebrando as vitrines internas da joalheria com martelos. Depois, os relógios e acessórios eram colocados em mochilas.

"Parece filme. O povo está começando a ficar elaborado nos assaltos", considerou Vitor Augusto.