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Estado de Minas CRISE NO TRANSPORTE

Prefeitura convoca empresas de ônibus para debater redução de viagens em BH

Empresas de ônibus alegam inviabilidade financeira e reduziram as viagens fora dos horários de pico. Nesta sexta (29), usuários já sentem os efeitos da decisão


29/04/2022 14:29 - atualizado 29/04/2022 16:27

Usuários fazem fila para entrar em ônibus em Belo Horizonte
Ônibus lotados e com horários desregulados têm sido reclamação constante na capital desde controle da pandemia. Redução das viagens piora o cenário (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Diante de mais um capítulo da crise do transporte público em Belo Horizonte, a prefeitura da capital anunciou a convocação de uma reunião com as empresas de ônibus para buscar uma solução que não prejudique quem precisa se movimentar pela cidade. Nesta sexta-feira (29), usuários já começaram a sentir na pele a redução da circulação de coletivos, anunciada pelas empresas do setor na quinta-feira (28).

O Executivo Municipal não informou a data e o horário da reunião, que será organizada pela Superintendência de Mobilidade do Município de Belo Horizonte (Sumob). A assessoria da prefeitura apenas informou que divulgará o resultado da negociação caso alguma decisão seja tomada.

A reportagem procurou o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), que também não informou detalhes sobre a reunião.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte disse que foi surpreendida com o anúncio da redução de ônibus fora dos horários de pico feito pelo consórcio Transfácil, formado pelas concessionárias do transporte da cidade. O prefeito Fuad Noman (PSD) classificou a decisão das empresas como uma “maldade” com a população. 

“Nesse momento, tirar os ônibus do horário de pico, que eles prometeram que não fariam, eu acho que é uma maldade. E a Prefeitura não vai ficar alheia a isso. A Prefeitura vai penalizá-las na forma do contrato, sem dúvida nenhuma”, afirmou.  

A redução de viagens fora dos horários de pico é tomada no momento em que um Projeto de Lei (PL) enviado pela prefeitura à Câmara Municipal propõe um subsídio para suprir os prejuízos das empresas com as gratuidades previstas em lei.

O projeto segue parado no Legislativo Municipal, que chegou a pedir a suspensão do andamento da proposta da prefeitura na casa. O PL é a principal estratégia da administração do município para evitar colocar em prática uma decisão judicial que aumenta o preço da tarifa em 30% na capital.
 
Além disso, a greve no Metrô de Belo Horizonte já dura mais de um mês e não tem previsão de encerrramento. Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), sem o serviço durante o horário de pico, cerca de 70 mil passageiros são prejudicados diariamente.


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