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Estado de Minas RISCO DE CÂNCER?

Uberaba: estudo aponta risco na água da cidade, mas Codau nega contaminação

Companhia de saneamento do município garante que a água de Uberaba não está contaminada, mas ainda não divulgou um resultado detalhado de sua atual análise


10/03/2022 16:29 - atualizado 10/03/2022 16:50

Chuveiro
Estudo Mapa da Água, em Uberaba, apontou que cinco substâncias com maiores riscos de gerar doenças, entre 2018 e 2020, chegaram nas casas dos uberabenses (foto: Creative/Commons/Divulgação)
Um estudo que apontou a presença de substâncias que podem causar doenças como crônicas como câncer na água de Uberaba, no Triângulo Mineiro, é rebatido pela companhia responsável pelo saneamento da cidade. Segundo o Estudo Mapa da Água, divulgado nesta semana, entre 2018 e 2020, foram detectadas cinco substâncias com maiores riscos de gerar doenças e riscos à saúde, na água fornecida aos consumidores do município.

Já a Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas de Uberaba (Codau) informa que suas análises de água não indicaram essas substâncias.
 
Segundo o Estudo do Mapa da Água, em Uberaba, foram detectadas duas substâncias (clordano e selênio) com os maiores riscos de gerar doenças crônicas, como câncer, e outras três substâncias (bário, ácidos haloacéticos total e trihalometanos total) que também geram riscos à saúde.
 
“Todas as substâncias químicas e radioativas listadas nesta página oferecem risco à saúde se estiverem acima da concentração máxima permitida pelo Ministério da Saúde. Elas foram detectadas ao menos uma vez na água que abastece este município entre 2018 e 2020. Quando essas substâncias estão acima do limite, a água é considerada imprópria para o consumo. Nesses casos, as instituições de abastecimento deveriam informar a população sobre o problema, assim como sobre as medidas tomadas para resolvê-lo”, destacou trecho do Mapa da Água de Uberaba.
 
Os dados desse estudo são de testes realizados pelas empresas de abastecimento e integram a base de controle do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua), do Ministério da Saúde.


Outro lado

 O presidente da Codau, José Waldir de Sousa Filho, garante que, segundo atuais análises da autarquia, não foram identificados índices de agrotóxicos, selênio, clordano, ácidos haloacéticos e trihalometano total fora dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
 
Por meio de nota, a Codau garantiu a qualidade da água de Uberaba, mas, diferentemente do Mapa da Água, não informou o resultado detalhado de um teste atualizado da água que chega na casa dos uberabenses.
 
A autarquia explicou que laudos serão entregues nesta semana para a Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente das Bacias dos rios Paranaíba e Baixo Rio Grande.
 
Como resultado de suas atuais análises da água, a Codau destaca que elas não indicam nenhuma contaminação por agrotóxicos ou outros resíduos da indústria.
 
Confira na íntegra nota da Codau frente ao Estudo do Mapa da Água:
 
“Codau garante qualidade da água de Uberaba
 
A Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) informa que suas análises de água não indicam nenhuma contaminação por agrotóxicos ou outros resíduos da indústria.
 
 A Codau atende as Portarias federais GM/MS N° 888/2021 e N° 2.472/2021, que estabelecem as quantidades de análises e os parâmetros de qualidade da água, de acordo com o número de habitantes. Os parâmetros exigidos pelas Portarias, principalmente anexo 9 que inclui substâncias orgânicas, inorgânicas, agrotóxicos e subprodutos da desinfecção, e os anexos 11 e 13, que definem os parâmetros organolépticos e a frequência das análises, são monitorados por laboratório terceirizado e Acreditado (título dos laboratórios que recebem certificado do Inmetro e são auditados) para realizar estes testes específicos.
 
 Desde o ano de 2016, a Codau monitora parâmetros exigidos pelas Portarias. O laboratório externo fornece as análises e os laudos são entregues à autarquia, que por sua vez, informa ao SISAGUA e encaminha para a Vigilância Ambiental em Saúde do município de Uberaba. Os mesmos laudos serão entregues nesta semana para a Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente das Bacias dos rios Paranaíba e Baixo Rio Grande, nas mãos do promotor Carlos Alberto Valera.
 
“Todos os laudos das análises são avaliados criteriosamente pelo setor de qualidade da água da Codau e não foram identificados índices de agrotóxicos, selênio, clordano, ácidos haloacéticos e trihalometano total fora dos parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, explicou o presidente da Codau, José Waldir de Sousa Filho. Ele reitera que a análise enviada ao Sisagua, em janeiro de 2022, não detectou substâncias orgânicas, inorgânicas, agrotóxicos ou metais pesados, permanecendo a água dentro dos limites de segurança para consumo. E a água de Uberaba não está contaminada e é produzida e distribuída para a população dentro do que rege a legislação sobre a qualidade da água.
 
Em todo o monitoramento realizado pela Codau, a quantidade de análises atende às Portarias. E o laboratório da Companhia trabalha ainda com o monitoramento da qualidade da água bruta, saída do tratamento e sistema de distribuição de água, avaliando parâmetros como turbidez, pH, cloro residual, cor aparente, fluoreto. E também outros como o alumínio, ferro, DBO e oxigênio dissolvido.
 
 Em 2021, por exemplo, foram realizadas, na saída do tratamento e sistema de distribuição, mais de 10 mil análises de parâmetros como turbidez, cor aparente, pH, cloro residual, Coliformes Totais e Escherichia Coli”.
 


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