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Estado de Minas PROTESTO

Moradores do Taquaril protestam em frente a mineradora em BH

Lideranças comunitárias solicitaram a Gute Sicht que cumpra o acordo com a comunidade, com, por exemplo, a liberação de acesso ao local


24/02/2022 12:16 - atualizado 24/02/2022 14:09

Militantes empunham cartazes em protesto em frente à mineradora
Lideranças fizeram protesto em frente à mineradora (foto: Simone Pazzini/Divulgação)
Os moradores da comunidade Terra Nossa, do Bairro Taquaril, na Região Leste de BH, realizaram uma manifestação em frente à sede da mineradora Gute Sicht, localizada no limite entre Belo Horizonte e Sabará, na manhã desta quinta-feira (24/2). Eles reivindicam o cumprimento de acordo firmado entre a empresa e a comunidade. 
 
"A manifestação foi caracterizada pela total falta de respeito da mineradora. Os moradores do Conjunto e Taquaril fizeram um ato pacífico, e queriam dialogar com representantes da mineradora que pudessem escutar as reivindicações da comunidade, diretamente atingida pelas atividades minerárias", afirma a vereadora Duda Salabert (PDT), que esteve presente no ato.
 
A legisladora recebeu queixas do moradores, que vão desde explosão de dinamites na madrugada, demolição de casas devido ao tremor de terras causado pelas explosões da mineração até alagamentos resultantes de uma pavimentação realizada pela mineradora no local.
 
Os moradores reivindicam também a abertura de um acesso à comunidade. De acordo com eles, a mineradora fechou a estrada velha de Sabará, que dá acesso à parte alta da cupaçao Terra Nossa, com a instalação de cercas. Dessa forma, os moradores não conseguem transportar até as residências nenhum tipo de produto, como, por exemplo, material de construção.
 
Além disso, o acesso ficou difícil para os moradores, em especial os mais vulneráveis, como mulheres grávidas e doentes. Segundo os organizadores do protesto, o acesso fechado pela mineradora prejudica cerca de 100 famílias. Os moradores têm que passar por um desvio, que aumenta em aproximadamente dez quilômetros a caminhada.

Busca por diálogo 

 
Duda ressalta que o protesto foi pacífico e que os moradores queriam apenas dialogar com a empresa. "Eles também queriam uma resposta da mineradora de uma pavimentação que a empresa fez dentro da comunidade sem nenhuma obra de drenagem. Com as chuvas, tem trazido muitos problemas à comunidade", completa. 
 
A manifestaçao contou com 20 lideranças comunitárias que foram à porta da mineradora cobrar um diálogo com o representante da empresa. Depois de três horas de manifestação, a Polícia Militar chegou ao local. Os manifestantes se queixaram da atuação dos policiais.
 
A vereadora Duda Salabert, que participou do protesto, acionou o Ministério Público e a Procuradoria de Direitos Humanos para denunciar a conduta dos policiais e as violações de direitos humanos realizadas pela mineradora. 
 
A reportagem entrou em contato com a Gute Sicht e com a Polícia Militar, mas até o momento não obteve retorno. Tão logo se posicionem, este texto será atualizado.


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