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Estado de Minas APÓS 2 ANOS DE ESTUDO

Uberlândia anuncia obras de R$ 30 milhões para evitar enchente em avenida

Problema crônico na Avenida Rondon Pacheco, inundações poderão ser amenizadas com intervenção em córrego na região sul, que vai ganhar quatro represas


09/02/2022 18:59 - atualizado 09/02/2022 19:17

Avenida Rondon Pacheco, em Uberlândia, tomada pela água
Última grande inundação na via foi em janeiro (foto: Reprodução/Redes sociais)
Em busca de reduzir inundações na avenida Rondon Pacheco, a principal da cidade, a Prefeitura de Uberlândia anunciou nesta quarta-feira (9/2) um investimento de R$ 30 milhões em um conjunto de obras. Entre as intervenções, está prevista a construção de represas de contenção, redes auxiliares e sistema de alerta na via. As obras devem começar ainda neste semestre.
 
O principal projeto dentro do pacote de obras é um conjunto de quatro represas que serão feitas no córrego Lagoinha, na zona sul da cidade. Elas serão responsáveis por receber o excesso de água das chuvas que, hoje, além de inundar o leito do curso d'água, deságua nas galerias da Rondon Pacheco. O volume a recebido de uma vez na rede da avenida é um dos problemas que causam inundações no local.
 
As represas serão construídas junto ao córrego na Avenida Jaime de Barros, nas ruas Vasco Mascia e Saldanha Marinho e dentro do Parque de Exposições Camaru. O objetivo é que esses bolsões se encham e o volume extra das precipitações não caiam diretamente no curso do córrego Lagoinha e corram rapidamente para a avenida.
 
Segundo estudo feito por empresa contratada pelo Município, junto a redes auxiliares, a redução de volume a chegar na Rondon Pacheco cairia de 180 mil L/s para 46 mil L/s em dias de chuvas extremas.
 
Arte da prefeitura de Uberlândia para mostrar as obras para evitar alagamentos na Avenida Rondon Pacheco
Esquema das represas pelo córrego Lagoinha (foto: Prefeitura de Uberlândia/Divulgação)
 

Alertas visuais


Dentro deste mesmo projeto, será criado um sistema de monitoramento 24 horas do volume de água dentro das galerias da avenida. Com isso, haverá a possibilidade de alertas visuais que, por meio de iluminação instalada ao longo da via, poderão avisar motoristas e pedestres, com luz amarela para atenção e vermelha para saída da pista.
 

O projeto


Segundo a prefeitura, a obra foi pensada a partir da contratação de uma empresa para estudo das bacias de Uberlândia, com foco no córrego Lagoinha. O trabalho foi feito nos últimos 2 anos e o edital para contratação da empresa, por meio de licitação, estará disponível ainda neste mês.
 
A previsão é que entre abril e maio as obras sejam iniciadas, com conclusão em 24 meses. Os valor de R$ 30 milhões, segundo o prefeito Odelmo Leão (PP), está garantido por meio de repasses na ordem de R$ 18 milhões vindos do acordo da Vale com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Outros R$ 12 milhões são de recursos próprios do Município.
 

Problemas

O problema de inundações da Avenida Rondon Pacheco é crônico, uma vez que a via foi construída sobre a obra de canalização de um córrego. Sendo um vale, a via recebe a água não captada de bairros das regiões, sul leste e central da cidade.  

Em janeiro, uma forte chuva deixou estragos que custaram R$ 400 mil em reparos pela cidade, principalmente na via. A última grande obra envolvendo o trecho foi em 2012, quando foi entregue a segunda galeria da avenida.
 
“Sempre foi claro para a prefeitura e para o Dmae, que o principal problema na Rondon Pacheco é a água que desce da parte alta (da cidade). E a avenida tem 2 grandes córregos direcionadores de fluxo. Um deles é o córrego Jataí (sob a Avenida Anselmo Alves dos Santos) e o outro é o Lagoinha, que ainda segue o seu fluxo normal até a avenida", disse o secretário de Gestão Estratégica, Raphael Silveira.

Cobrança do MP


Recentemente ,o Ministério Público de Minas Gerais conseguiu uma liminar na Justiça para que a prefeitura apresentasse planos de melhoria na via. “Para nossa tranquilidade, já tínhamos esse projeto pronto, no qual trabalhávamos há dois anos. Se não fosse isso, demoraríamos até dois anos para a resposta”, disse o prefeito Odelmo Leão.


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