Jornal Estado de Minas

COVID-19

'Desestimular vacinação é um crime', diz prefeito de Montes Claros

O prefeito de Montes Claros, no Norte de Minas, Humberto Souto (Cidadania), afirmou nesta quinta-feira (27/1) que, ao mesmo tempo em que enfrenta a explosão dos casos de coronavirus, por conta da variante Ômicron, a cidade registra uma redução de mortes e a diminuição das internações hospitalares, o que, segundo ele, decorre do avanço da vacinação contra a COVID-19. Ao chamar a atenção para a importância da imunização, Souto disse que existem pessoas desestimulando a vacinação por interesse políticos, classificando a atitude como "um crime".





 

 

 

Lembrando que 2022 é ano eleitoral - com eleições para presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual, o prefeito de Montes Claros fez um apelo para os moradores não irem 'na onda' de pessoas que, segundo ele, desestimulam a vacinação contra a COVID-19, tentando tirar proveito politico da pandemia para ganhar votos.

 

"Peço para ninguém ir na conversa fiada de pessoas que querem aproveitar esse momento para fazer política, incentivando outras pessoas a não se vacinarem. Isso é um crime. Está provado que hoje não temos mais mortes (provocadas pela COVID-19) por causa da vacina", afirmou Souto, em entrevista à Intertv Grande Minas. 

 

Desde 10 de dezembro, por determinação da municipalidade, o "passaporte vacinal" contra o coronavirus vem sendo exigido para o acesso e permanência em bares, restaurantes, cinemas, bancos e outros locais de Montes Claros. Também é necessária apresentação do comprovante de imunização contra a COVID-19 para o embarque e desembarque no aeroporto e na rodoviária da cidade. 





 

O "passaporte sanitário" também envolve uma disputa judicial. Alguns moradores e a Empresa Azul Linhas Aéreas conseguiram liminares na Justiça, em primeira instância, contra a medida, mas a prefeitura recorreu junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que derrubou as liminares. 

 

Nesta quinta-feira, o chefe do Executivo municipal defendeu o "passaporte" e reforçou a importância da vacinação em massa da população no combate à pandemia. "Temos que continuar a vacinação. É necessário que as pessoas tenham consciência da necessidade da vacina", conclamou.

 

De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde, até quinta-feira (27/1), receberam o imunizante contra o coronavírus (primeira e segunda doses) 294.323 moradores, o correspondente a 71,18% da população do município (413,48 mil habitantes).





Prefeito compara Ômicron a gripe

O chefe do Executivo municipal disse que não há razão para a população ficar apavorada diante da explosão de casos da COVID-19, com o avanço da Ômicron. Ele fez um apelo aos moradores para reforçar os cuidados preventivos e a vacinação contra o coronavírus.

 

"Não há motivos para pavor. Há motivos para cuidados", afirmou Humberto Souto, pedindo à população que reforce o uso de máscaras, lavar as mãos e evitar aglomerações.

Por outro lado, ele alegou que os efeitos da Ômicron são menos perigosos e chegou a comparar a variante do coronavirus a uma gripe. "Essa Ômicron é uma gripe. Segundo os estudiosos e especialista, ela não vai para (não ataca) os pulmões. Ela fica na garganta. Não causa pavor nas pessoas", afirmou Humberto Souto.





 

De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde de Montes Claros, nesta quinta-feira (27/1), foram registrados 954  casos da COVID-19 no município em 24 horas. Na véspera, tinham sido notificados 693 novos casos.

 

O prefeito destacou que, apesar da explosão de casos de COVID-19, não houve aumento de mortes no município. A taxa de ocupação de leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) está em 64%, enquanto a taxa de ocupação de leitos clínicos para pacientes contaminados pela doença está em 74%.

 

"Não temos grandes problemas na cidade. Os hospitais não estão cheios porque esta cepa, diferentemente de outras, dizem os especialistas os cientistas e os estudiosos que não mata, mas ela transmite (sic) o vírus com uma velocidade enorme", afirmou o gestor municipal. 





 

Ele lembrou que, conforme estudos, normalmente a pessoa contaminada pela Ômicron, uma semana após o contágio do vírus, melhora, sem complicações. Neste caso, ponderou, a recomendação é que, ao sentir os sintomas ou testar positivo, as pessoas não devem ir diretamente ao hospital e, sim, procurar um posto de saúde e permanecer em casa, em isolamento, tomando os medicamentos prescritos pelo médico.

 

Souto fez um apelo aos proprietários de casas de eventos para evitar as aglomerações. "Você não pode ter uma casa de eventos e permitir que mil pessoas fiquem fungando um no "cangote" do outro, até sem máscara e sem estar vacinado", disse.

 

O boletim da Secretaria Municipal de Saúde desta quinta-feira também aponta que nas últimas 24 horas foram registradas duas mortes causadas pela COVID-19, aumentando para  995 o número de óbitos provocados pela doença respiratória em Montes Claros desde o início da pandemia até agora. 





 

Leia mais sobre a COVID-19

Confira outras informações relevantes sobre a pandemia provocada pelo vírus Sars-CoV-2 no Brasil e no mundo. Textos, infográficos e vídeos falam sobre sintomasprevençãopesquisa vacinação.
 

Confira respostas a 15 dúvidas mais comuns

Guia rápido explica com o que se sabe até agora sobre temas como risco de infecção após a vacinação, eficácia dos imunizantes, efeitos colaterais e o pós-vacina. Depois de vacinado, preciso continuar a usar máscara? Posso pegar COVID-19 mesmo após receber as duas doses da vacina? Posso beber após vacinar? Confira esta e outras perguntas e respostas sobre a COVID-19.

Acesse nosso canal e veja vídeos explicativos sobre COVID-19

 

audima