Uma resolução foi publicada na semana passada pelo Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo federal, responsável por tocar o processo de desestatização do trem urbano belo-horizontino. Em seguida, uma portaria interna da CBTU foi publicada, permitindo que funcionários da alta cúpula em BH fossem realocados em Brasília.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Romeu Machado, afirmou que a greve é para manter os empregos, já que a resolução publicada transfere os funcionários da CBTU BH para uma subsidiária, entretanto, eles não sabem do que se trata a subsidiária e alegam não ter sido consultados para tal mudança.
A paralisação foi aprovada no domingo (19), durante assembleia do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG), na Estação Central, na Praça da Estação, no Centro da capital.
Na manhã desta terça-feira (21/12), a CBTU entrou na Justiça com uma ação cautelar para impedir a greve ou que haja garantia de uma escala mínima de funcionamento do metrô. A decisão foi publicada à tarde, garantindo escala mínima de funcionários.
Segundo a vereadora de BH, Iza Lourença (PSOL), a classe manterá a greve como 'forma de pressão, por estar sendo excluída de qualquer debate sobre a privatização'. Além disso, uma audiência pública foi marcada para a próxima quinta-feira (23/12), às 13h, na Cidade Administrativa.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz