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Estado de Minas GREVE DOS MOTORISTAS

Estação São Gabriel é lacrada e usuários ficam sem saber o que fazer

Segundo dia da greve dos motoristas em BH deixou muitos passageiros na mão, que foram pegos de surpresa com a ausência de ônibus


23/11/2021 09:58 - atualizado 23/11/2021 12:02

Estação São Gabriel lacrada no segundo dia de greve dos motoristas
Estação Sâo Gabriel foi lacrada, impedindo a entrada de usuários (foto: Jair Amaral/EM/D.A. Press)
Quem teve que embarcar na manhã desta terça-feira (23/11), na Estação São Gabriel, ficou sem saber o que fazer. No local, o último ônibus com saída para o centro de Belo Horizonte foi antes das 7h30, fazendo com que os trabalhadores que necessitavam da condução ficassem sem saber como agir.

Por volta das 6h40, os funcionários da Estação São Gabriel começaram a barrar e lacrar as roletas que dão acesso aos ônibus. Além disso, um aviso escrito "Atenção usuários! Transporte coletivo em greve parcial: utilizem o metrô ou outra forma de transporte" foi colado nas catracas da estação.

Para os usuários que necessitavam dos ônibus, a situação ficou um pouco complicada. Nauana Stephanie Rodrigues, 21 anos, organizadora de eventos na CCAPE, estava no local e ficou sem saber o que fazer. De acordo com ela, o metrô não passa próximo ao seu local de trabalho, e como as linhas dos bairros também não estavam rodando, ela permaneceu presa na estação.

Ver galeria . 14 Fotos Com o fracasso da rodada de negociações de segunda-feira, a greve dos rodoviários de Belo Horizonte continua hoje (23/11). Na foto, situação na Estação São Gabriel e no entorno: catracas fechadas, metrô lotado e trânsito carregadoJair Amaral/EM/DA Press
Com o fracasso da rodada de negociações de segunda-feira, a greve dos rodoviários de Belo Horizonte continua hoje (23/11). Na foto, situação na Estação São Gabriel e no entorno: catracas fechadas, metrô lotado e trânsito carregado (foto: Jair Amaral/EM/DA Press )


"Ontem (segunda-feira) minha chefe me deu folga, porque estava tendo muita bagunça nas estações, quebra de ônibus. Então ela optou por não me deixar ir. Mas a questão de fechar tudo acabou com a gente", ressaltou.


Questionada se era a favor ou contra da greve dos motoristas, Stephanie disse que é contra pararem tudo sem avisar antes. Ela ainda reclamou que a greve ocorreu de forma precipitada. "As coisas acabaram de começar a voltar ao normal. Mesmo que eles colocaram a cara na época de risco, podiam ter aguardado estabilizado um pouco mais. Mas eu acredito que todo mundo tem que lutar por suas causas", finalizou.

Apesar de ficar sem condução para trabalhar, e também voltar para casa, Maria Batista, 50, servidora pública na área de educação, diz ser totalmente a favor da greve. A alternativa, para Maria, foi pedir uma carona à vizinha, mas antes, também checou os valores no aplicativo de corridas Uber, que segundo ela, estavam com os preços muito elevados. 

"Sou completamente a favor, é legítimo. Isso que está acontecendo já tem um tempo. O motorista está cumprindo dupla função. Trocador, motorista, tem que ficar atento ao troco, a quem sobe, a quem desce, é um stress geral", enfatizou. "Tudo está muito caro, o salário não aumenta. O povo passando fome, educação um caos. Segurança a gente não tem. Tem que fazer greve. A voz do povo, a maneira de se manifestar, é fazendo greve", completou.

Para ela, o movimento é totalmente necessário e, apesar dos impactos na vida dos cidadãos que usam o transporte público, acredita que depois, veremos uma mudança no setor. "Não existe mudança se isso não acontecer".

De acordo com a BHTrans, a Estação São Gabriel, na faixa das 8h às 9h, fez as atividades com apenas 5% das operações. 

*Estagiário sob supervisão d o subeditor Daniel Seabra


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