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Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Polícia prende advogada suspeita de lavar dinheiro para o tráfico de drogas

Mulher seria a ligação de traficantes de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Existe também a suspeita de ligações internacionais


28/10/2021 19:15 - atualizado 28/10/2021 19:15

O delegado Thiago Lacerda, do Deoesp, ladeado por dois detetives
O delegado Thiago Machado (C) comandou as investigações, que duraram seis meses, e prendeu a advogada (foto: PCMG)
Um duro golpe da Polícia Civil contra o tráfico de drogas. Este aconteceu com a prisão de uma mulher, de 27 anos, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ela é suspeita de envolvimento no tráfico e na lavagem de dinheiro para várias facções, tanto de Minas Gerais, quanto do Rio de Janeiro, pois seria a ligação entre traficantes dos dois estados.

 

A prisão foi em consequência da Operação Barra Longa , comandada pelo delegado Thiago de Lima Machado, do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), e que teve início há seis meses, quando foi constatada uma conexão de traficantes mineiros e cariocas. “Um grupo de mulheres estaria agindo em articulação para o tráfico de drogas. A partir daí, surgem os principais investigados, uma mulher de 25 anos, que foi presa na quarta-feira (27/10), e seu namorado, de 29, que atualmente está preso”, diz o delegado.


A mulher em questão, segundo o delegado, além de namorada, era também advogada do investigado. “Ela se valia da condição de advogada para comparecer a diversas unidades prisionais e fazer o leva e traz. Ela fez várias visitas ao namorado, que podia ser em virtude do relacionamento, mas identificamos que ela realizava constantes visitas aos outros presos. Constatamos que diversas vezes ela se deslocou ao Rio de Janeiro e se hospedava em hotéis de nível e, inclusive, frequentando o aglomerado da Rocinha, que é conhecido pelo intenso tráfico de drogas”.


As investigações apontaram que a mulher chegou a levar um veículo para o Rio de Janeiro, para ser utilizado pelo tráfico. “Ela saiu com esse veículo de Belo Horizonte, em julho, e se deslocou até o Rio de Janeiro. Durante meses, monitoramos esse veículo, com o apoio do setor de inteligência da Polícia Federal e do Centro Integrado de Operações de Fronteira, sendo que, em setembro, o veículo foi interceptado no Paraná”, informa o delegado ao acrescentar que “o motorista passou pelo bloqueio de viaturas até perder o controle e capotar o veículo. No local, foram encontrados quase 540 quilos de maconha e 110 quilos de skunk”, diz o delegado Thiago.


A mulher levava, segundo ele, uma vida de luxo: “Identificamos imóveis obtidos com recursos financeiros ilícitos. Também constatamos contas correntes movimentadas por várias pessoas para lavagem de dinheiro e canalização de recursos obtidos com o tráfico de drogas”.

Contabilidade

A partir das provas coletadas pela polícia, o delegado solicitou, à justiça, mandados de prisão e busca e apreensão, que foram cumpridos na quarta-feira, na casa da suspeita, em Vespasiano. Lá foi encontrada uma folha contendo a contabilidade de tráfico de drogas e um aparelho utilizado para embalagem a vácuo. “No momento do cumprimento do mandado de busca, ela não estava em casa. Conseguimos fazer um cerco e ela foi presa em Lagoa Santa no momento em que conduzia o seu veículo”, complementa o delegado Thiago.


O objetivo da polícia, agora, segundo o delegado, é identificar outros envolvidos na quadrilha. São fortes, também, as suspeitas de ligações com o tráfico internacional de drogas. Tudo estaria sendo gerenciado com ajuda da advogada.



 


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