Jornal Estado de Minas

VACINAÇÃO EM BH

Moradores de BH de 39 e 40 anos retomam esperança perdida após 2ª dose

"É como tirar um peso de 10 mil quilos das costas". Foi assim que o engenheiro Paulo Querido, de 39 anos, resumiu o sentimento de ter completado o esquema vacinal com as duas doses do imunizante contra a COVID-19, na manhã desta segunda-feira (11/10), em Belo Horizonte. Assim como Paulo, outras pessoas de 39 e 40 anos também marcaram presença em pontos de vacinação para garantir a segunda dose, fabricada pela AstraZeneca.





Paulo e a esposa Paula, ambos com 39 anos e engenheiros, estiveram logo cedo no posto de vacinação, montado na porta do quartel do Corpo de Bombeiros, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Com o esquema vacinal completo, toda a família do casal agora está com as duas doses concluídas. O momento foi tão esperado por Paulo que ele chegou a sonhar com a vacina, antes mesmo de ela ser disponibilizada no Brasil.

"Foi excelente. Até cheguei a sonhar com esse momento. Sonhar mesmo. Até uns meses atrás, quando não tinha vacina, tínhamos expectativa em relação a isso, e agora a gente vê que está tendo vacina para todos. Realmente, é um momento que esperávamos bastante e que agora finalmente chegou", celebrou.

Movimento foi grande na manhã desta segunda-feira (11/10) em um dos postos de vacinação da Região Centro-Sul de BH (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O engenheiro, que está trabalhando de casa desde o começo da pandemia, agora começa a vislumbrar um futuro melhor, podendo até exercer as atividades profissionais de forma presencial. Mas, mesmo tomando todos os cuidados, Paulo viu de perto a doença, ao testar positivo para COVID-19 no dia 7 de junho. Mesmo tendo contraído o vírus, Paulo entende que a vacinação é fundamental, principalmente pela questão comunitária.





"Eu tive COVID. Foi leve, nada que desse um problema sério. Se eu fosse pensar por mim, falaria: 'Ah, preciso tomar vacina, não. Já tive COVID e foi tranquilo'. Mas pelo coletivo, para proteger os outros, é importante tomar. Entendo como adequado e é a única solução. Qualquer outra coisa é loucura".
 

'Sensação de esperança' 


Além de Paulo, a esposa e o filho também testaram positivo para a doença. O casal perdeu o olfato e o paladar, enquanto a criança de 8 anos não apresentou sintomas. Agora também vacinada com as duas doses, Paula destacou o alívio por ter completado o esquema vacinal e ressaltou a crença por dias melhores.

"A parte que foi mais pesada para mim durante a pandemia foi a questão das crianças, do meu filho mesmo. Saber que com essa vacina rodando, que a partir do dia 18 ele volta para a escola normalmente, com todos os colegas, podendo voltar a vida com uma certa normalidade, a sensação é de esperança, com tendência de que tudo melhore", disse a engenheira.





O sentimento de otimismo também é compartilhado pela jornalista Ana Helena Miranda, também de 39 anos. Em casa, ela foi a última a completar o esquema vacinal, já que a família é composta por pessoas de idade e profissionais da educação, grupos que receberam as doses de forma prioritária.

"Mais tranquilidade em relação à saúde, mas sem abrir mão de todos os cuidados, mas fica a esperança - que todo mundo perdeu um pouco durante a pandemia. O sentimento é de esperança de que as coisas finalmente vão dar certo".

Ana Helena Miranda, de 39 anos, tem esperança em um futuro melhor com o avanço da vacinação (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Já na casa do produtor Rafael Guimarães, de 39 anos, apenas ele completou o esquema vacinal. A esposa ainda aguarda pela segunda dose, enquanto a filha do casal, de 3 anos, ainda não pode receber o imunizante contra a COVID-19. No entanto, a sensação de alívio também leva um pouco de revolta por conta da forma como a pandemia está sendo conduzida no Brasil.





"Sensação de alívio, depois desse tempo todo, sempre misturado com um pouco de revolta, pelo jeito de como isso está sendo tratado em nosso país, mas a sensação é de alívio e de esperança de tempos um poucos melhores", concluiu.

Aliviado por ter completado o esquema vacinal, Rafael Guimarães expôs sua indignação pela forma com que a pandemia está sendo conduzida no Brasil (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Só poderão tomar a segunda dose nesta segunda as pessoas de 40 e 39 anos cuja data do cartão de vacina esteja marcada para até 18 de outubro. É necessário levar o cartão de vacina, o documento de identidade, CPF e comprovante de residência em Belo Horizonte.

Calendário da semana


Nesta terça (12/10), feriado de Nossa Senhora de Aparecida, não haverá vacinação. A campanha seguirá na quarta (13/10) com a dose adicional para pessoas de 49 a 18 anos com alto grau de imunossupressão, cuja segunda dose tenha completado 28 dias, e dose de reforço para idosos de 74 e 73 anos, cuja segunda dose tenha completado 6 meses ou que faltem até 15 dias para completar este prazo.





Na quinta (14/10), idosos de 70 a 72 anos, que tenham recebido a segunda dose em seis meses ou que faltam 15 dias para completar o prazo, receberão a dose de reforço. A semana de imunização contra a COVID-19 será fechada na sexta (15/10) com a terceira dose para trabalhadores da saúde a partir de 50 anos, completos até 31 de outubro, que receberam a segunda dose em seis meses ou mais.
 
No sábado (16/10) não haverá aplicação de vacinas contra a COVID-19, uma vez que estará em vigor as campanhas de vacinação Antirrábica para cães e gatos e de multivacinação para crianças e adolescentes de até 14 anos.
 
O último levantamento da PBH, divulgado na última sexta (8/10), destacou que 79,9% do público-alvo da campanha se protegeu com ao menos uma vacina. Ao mesmo tempo, 54,6% completaram o esquema vacinal.

Veja o calendário


Terça-feira (12/10): não haverá vacinação. 





Quarta-feira (13/10): dose adicional para pessoas de 49 a 18 anos com alto grau de imunossupressão, cuja segunda dose tenha completado 28 dias, e dose de reforço para idosos de 74 e 73 anos, cuja segunda dose tenha completado 6 meses ou que faltem até 15 dias para completar este prazo. 

Quinta-feira (14/10): dose de reforço para idosos de 72, 71 e 70 anos, cuja segunda dose tenha completado 6 meses ou que faltem até 15 dias para completar este prazo.

Sexta-feira (15/10): dose de reforço para trabalhadores da saúde a partir de 50 anos, completos até 31 de outubro, cuja segunda dose tenha completado 6 meses ou que faltem até 15 dias para completar este prazo.

Sábado (16/10): não haverá aplicação de vacinas contra a COVID-19.

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