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Estado de Minas SETEMBRO VERDE

Pandemia: cai número de doadores e fila do transplante em MG passa de 5 mil

Hospital das Clínicas realizou carreata neste sábado para lembrar as pessoas da importância das doações que caíram durante a pandemia de COVID-19


25/09/2021 10:32 - atualizado 25/09/2021 12:15

(foto: Ramon Lisboa/EM/DA Press)
A pandemia da COVID-19 tem impactado no número de transplantes em Minas. A taxa de doadores efetivos caiu 13%. Isso significa que, até o ano passado, para efetivar uma doação, eram necessários três doadores. Agora, para obter o mesmo resultado, é preciso ter quatro doadores.
 
 
Para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos, foi  criada a campanha Setembro Verde. O Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh, um dos maiores centros transplantadores do estado, realizou neste sábado a "Carreata pela doação de órgãos".

O transplante é a única esperança de vida para milhares de pessoas. No entanto, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), foi verificado aumento de 44% na taxa de contraindicação. O Ministério da Súde orientou a não realização de transplantes de órgãos de pessoas que morreram de COVID-19. Essa determinação impactou negativamente nas captações. Só em Minas Gerais, 5.218 pessoas aguardam na fila do MG Transplantes por um órgão e pela chance de renascer.
 
Devido à pandemia quatro fatores contribuíram para a queda nas doações. Os critérios mais rígidos para se fazer a doação, com a realização de um número maior de testes. Os pacientes também que tiveram a doença não entram como doadores. Outra causa indireta é a redução no número de acidentes violentes, devido ao longo período de isolamento social que levou à redução na circulação de automóveis. Muitas doações vinham de vítimas de acidentes de trânsito. Por fim, em decorrência também do isolamento, muitas pessoas com doenças deixaram de procurar assistência médica e morreram em casa. Nesses casos, fica impossibilitada a doação.
 
Em 2020, os números de transplantes, no Brasil, ficaram em torno de 9 mil. Com o avanço da vacinação e uma melhora nos indicadores, verificou-se uma retomada nas doações. Até o momento, já foram realizados 10 mil transplantes no país, um aumento de cerca de 10% em relação a todo o ano passado. "O avanço da campanha da vacinação teve impacto no aumento das doações", afirma a médica Andréa Silveira, superintendente do Hospital das Clínicas.

No mês de setembro, o HC promove uma caminhada para incentivar as pessoas a serem doadoras. O evento conta com a participação de profissionais de saúde, pacientes trasnplantdos, doadores, familiares e simpatizantes da causa. "Com a pandemia, não podemos  fazer aglomeração, então, optamos por fazer carreata", afirmou.

Um carro de bombeiros, efeitado com balões verdes, puxou a carreata que passou saiu da Avenida Alfredo Balena, passou pela Avenida João Pinheiro, Praça da Liberdade, Avenida Brasil, Avenida Francos Sales e retornou ao campos da sáude, na Alfredo Balea. No final,  abanda sinfônica do Corpo de Bombeiros se apresentou. 

O primeiro transplante em Minas foi realizado m Minas pelo Hospital das Clínicas em 1969, quando um homem de 32 anos recebeu um rim da irmã. Em mais de cinco décadas, o HC soma quase 18 mil procedimentos, entre os quais transplantes de coração, rins, fígado, medula óssea e córneas.
 
Todos os transplantes são custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Até agosto deste ano, foram realizados no HC-UFMG 98 transplantes. em 2020, foram 155 e em 2019, 286 procedimentos.


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