Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Idosos comemoram dose de reforço da vacina em BH: 'Me sinto mais seguro'

Entre o ritmo ainda lento na vacinação e o surgimento de novas variantes do novo coronavírus, os idosos de 88 a 86 anos recebem a partir desta quinta-feira (9/9) uma dose de reforço da vacina em Belo Horizonte. Conforme orientação do Ministério da Saúde, o grupo recebe hoje o imunizante da Pfizer.




 
Apenas as pessoas da faixa etária que tomaram a vacina AstraZeneca não foram convocadas pela prefeitura da capital para retomar às unidades de saúde, já que é preciso aguardar o intervalo de seis meses da segunda dose.

Imunizado a primeiro momento com a CoronaVac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, o aposentado David Mizrahy, de 87 anos, foi acompanhado de sua esposa, Elda Vieira Mizrahy, de 88 anos, no posto drive-thru da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para garantir a terceira aplicação. Para ele, esse complemento representa maior sensação de segurança contra a COVID-19.

“Correu tudo bem. Já estamos com a idade avançada, veio em bom momento essa terceira dose. A gente, na verdade, não sabe se é necessário ou não, na dúvida, fomos tomar a vacina de novo. A gente quer viver mais um pouquinho ainda”, disse David.





Jaci Pinheiro Cangussú, de 86 anos, recebeu terceira dose da Pfizer nesta quinta-feira (9/9) (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
O sentimento de alívio também é compartilhado por Jaci Pinheiro Cangussú, de 86 anos. “Me sinto mais seguro. Espero que agora resolva o problema definitivamente”, declarou. Porém, mesmo com a dose de reforço, o aposentado ressaltou que, assim como ele, é necessário que toda população se vacine para a pandemia seja controlada em todo o país.

“A pessoa toma a primeira dose e não vai tomar a segunda, isso não vai mudar o país. Gente que não quer tomar nem a primeira também, tinham que ser presos. Mas é muita gente, a Polícia não dá conta de prender todo mundo. Tanta dificuldade que tiveram para descobrir essa vacina e ainda muito rápido, e agora o povo não respeita. Um absurdo uma coisa dessa”, reclamou o aposentado.

Beatriz Coelho, de8 7 anos, também demonstra preocupação com o progresso arrastado da vacinação ao mesmo tempo que variantes do vírus, como a Delta, avançam em Minas e em outros estados. Ela faz o alerta para a importância de manter as medidas sanitárias da COVID-19 neste momento, mesmo após ter sido vacinada.





Beatriz Coelho, 87 anos, ressaltou importância de manter cuidados preventivos contra a COVID-19 (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
“Eu tomei a CoronaVac bem tranquila. Hoje a terceira dose da Pfizer. Estou sempre acompanhando o que está acontecendo no país e no mundo com o coronavírus. Principalmente com essas cepas mais transmissíveis e perigosas. Minha idade também não ajuda, então temos que continuar com todas precauções, sair pouco, usar máscara, isolamento, tudo isso. E claro, a vacinação”, disse. 

O que é preciso para receber a dose de reforço


Para tomar a dose de reforço ou a segunda dose, os idosos de 88 a 86 anos precisam levar o cartão de vacina, documento de identidade e CPF. 

O horário de funcionamento dos locais de vacinação em dias úteis é das 8h às 17h para pontos fixos e extras e das 8h às 16h30 para pontos de drive-thru. Os endereços podem conferidos no portal do Executivo municipal.




 
Segundo a prefeitura do município, os idosos que receberam as aplicações da vacina AstraZeneca precisarão aguardar o intervalo de seis meses para tomar a dose de reforço. Por esta mesma razão, as pessoas com 89 anos ou mais não foram convocadas. 
 
A terceira aplicação para as pessoas acamadas desta faixa etária também será iniciada. É necessário que os usuários aguardem o contato das equipes da Secretaria Municipal de Saúde para o agendamento do horário.  

Ainda de acordo com a PBH, conforme orientação do Ministério da Saúde, a dose de reforço será aplicada em idosos de 70 anos e mais. A ampliação para outras faixas etárias será feita respeitando o intervalo entre as aplicações e de forma gradativa, condicionada ao recebimento de novas remessas de vacinas. 
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 
 

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