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Estado de Minas PAISAGEM

Ipês dão o tom rosa à paisagem de inverno e viram atração em Belo Horizonte

Árvores já se enfeitam de flores e enchem de encanto as ruas, praças e parques da capital mineira


28/07/2021 14:18 - atualizado 28/07/2021 14:58

Ipê em frente do Edifício Niemeyer, na Praça da Liberdade, é da cor roxa, o chamado bola
Ipê em frente do Edifício Niemeyer, na Praça da Liberdade, é da cor roxa, o chamado bola (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
 
Na estação mais fria do ano, um colorido todo especial embeleza a paisagem e forma um contraste com o azul do céu. Espécies comuns no cerrado, os ipês começam a desabrochar e a dar um tom cor-de-rosa nas ruas e avenidas de Belo Horizonte durante o inverno. A árvore floresce entre junho e outubro, de acordo com cada espécie, e fica totalmente desprovida de folhas quando suas flores caem.
 
A árvore chama a atenção de moradores e turistas, que colorem as redes sociais com belas fotografias da paisagem da capital. As folhas que despencam formam um belo tapete nas calçadas.

Segundo dados da Associação Mineira de Defesa do Ambiente (Amda) e da Prefeitura de Belo Horizonte, a capital conta com mais de 27 mil ipês, o que corresponde a 9% das árvores da cidade, que abrange nove espécies. 

O ipê rosa é o mais abundante, com mais de 9,6 árvores. Em seguida, vem o ipê tabaco, com 6 mil plantas, e o ipê amarelo (2,8 mil).

“Os ipês poderiam ser plantados em maior quantidade. São muito bonitos, e deveriam ser reconhecidos como patrimônio da cidade. Estão para BH como as cerejeiras para o Japão”, diz o professor de botânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) João Renato Stehmann.

Ipês se tornam símbolo do Brasil durante inverno
Ipês se tornam símbolo do Brasil durante inverno (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Segundo ele, a floração dos ipês, em BH e região, ocorre quando as árvores completam seu estágio de geração de flores. “Não é que eles tenham a ver com o frio. Ocorre que nossa estação seca é no inverno, quando as árvores perdem as folhas e completam seu ciclo de gerar flores, frutos e sementes”, explica.

Para quem contempla o ipê em frente do Edifício Niemeyer, na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de BH, vale saber que é da cor roxa, o chamado de bola. “O ipê branco tem muitas variações de um tom que pode também chegar ao rosa. Aqui na capital, temos, portanto, o roxo, depois o branco, seguindo-se o amarelo e, no finalzinho da temporada, o rosa.” 

Em Minas, há mais de 20 espécies à espera dos olhos dos moradores, visitantes e demais interessados na natureza exuberante que, não raro, se torna vítima do fogo, das motosserras e da destruição ambiental – sempre pelas mãos humanas inescrupulosas.
 

Proposta 


O ipê já inspirou até uma proposta para transformá-lo na flor nacional do Brasil, com o mesmo propósito de que o pau-brasil é a árvore nacional. O projeto se arrasta há décadas no Congresso Nacional, em Brasília. O ipê é considerado flor-símbolo nacional em El Salvador, Equador, Venezuela e Paraguai. 
 


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