
Os locais de imunização da próxima semana serão disponibilizados no portal da Prefeitura na tarde de hoje. Hoje, moradores de 60 recebem a segunda dose da vacina. Além disso, pessoas de grupos já chamados ao longo desta semana e que ainda não conseguiram receber a dose podem comparecer aos locais de imunização específicos para cada faixa etária.
Ontem, foram vacinados os de 41, com dose única Janssen, produzida pela farmacêutica Johnson & Johnson. Segundo a prefeitura da capital, esse público recebeu as doses remanescentes das aplicações em moradores em situação de rua e pessoas com 50 anos.
Fabrício César Silveira e Leonardo Sampaio Cardoso, de 41 anos, ambos vacinados no posto drive-thru da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), relataram o entusiasmo de serem protegidos contra o coronavírus com o imunizante norte-americano. “Fui privilegiado. Estava eufórico esperando por esse dia”, disse o empresário, Leonardo Sampaio, que contou ter sido infectado pelo coronavírus duas vezes. “É uma alegria. Quanto tempo a gente estava esperando essa vacina chegar. Infelizmente, temos um governo federal que não ajuda muito e que não acreditou na doença. Muito omisso”, afirmou o gerente de T.I. Fabrício Silveira.
MISTURA DE FABRICANTES
Uma falha na vacinação foi relatada por um guarda municipal de Belo Horizonte, que tomou duas doses de vacina contra a COVID-19 de fabricantes diferentes: AstraZeneca na primeira dose, e Pfizer na segunda, segundo informações divulgadas pelo “Bom Dia Minas”, da TV Globo. Segundo a reportagem, o guarda preferiu não ser identificado. Ele informou que enquanto a profissional da saúde preparava a dose, uma funcionária administrativa solicitou o cartão de vacinação, que continha o registro da primeira dose com a AstraZeneca. "Logo em seguida, a técnica de enfermagem me chamou para aplicar o imunizante. Quando ela estava aplicando, a administrativa que estava sentada com meu cartão na mão deu um grito e falou: 'Para'. Eu perguntei o motivo e ela disse: 'Você tomou a AstraZeneca e nós estamos dando a Pfizer'", relatou. Para ele, faltou atenção no momento da aplicação.
Após receber a segunda dose diferente da primeira, o guarda municipal ficou preocupado, principalmente com uma possível reação por causa da mistura de vacinas e se estaria, de fato, imunizado. Ainda de acordo com a reportagem, a Prefeitura de Belo Horizonte informou, em nota, que, “em situações de aplicações de imunizantes diferentes, a orientação do Ministério da Saúde é acompanhar cada caso, não sendo indicada a aplicação de uma terceira dose de vacina”. A administração municipal também disse que a situação do agente será acompanhada pela Secretaria Municipal de Saúde. "As equipes são todas treinadas e serão, novamente, orientadas", disse o texto.
Estudos sobre a intercambialidade de vacinas contra a COVID-19 ainda não foram concluídos pelos cientistas e pesquisadores. Dois deles, que foram publicados na Espanha e no Reino Unido pelo The Conversation, indicaram que quem recebeu doses mescladas, como o agente mineiro, teve sintomas leves a moderados e de curta duração após a segunda aplicação. Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda o método. Segundo o órgão, ainda não há evidências de que a aplicação de vacinas de fabricantes distintas produza eficácia.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira
