Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

COVID: estudo aponta sequelas graves em 10% dos pacientes após alta


Dificuldade de respirar, queda na quantidade de oxigênio que o sangue transporta, embolia pulmonar, coágulo no sangue e colapso pulmonar são diagnósticos encontrados em pacientes COVID após alta hospitalar.



As queixas foram identificadas a partir de um monitoramento realizado por uma equipe de transição de cuidados COVID do Instituto Orizonti, que fica no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Dos pacientes infectados com o coronavírus, cerca de 10% retornaram com sequelas graves.

Dentre os pacientes que foram internados por COVID-19, de dezembro a maio, 75% chegaram ao instituto por recomendação de outras instituições e 25% via pronto atendimento; 28% foram internados no CTI e 55% na Unidade de Internação.

Destes, 17% apresentaram piora clínica e foram transferidos para o CTI. Cerca de 80% tiveram alta hospitalar, 5% permanecem internados e 15% foram à óbito.

Dos casos de internações, cerca de 70% foram em enfermaria e 30% em CTI. Cerca de 10% dos pacientes já chegaram ao hospital intubados, 33% em uso de oxigênio suplementar e outros 57% permaneceram com respiração natural.



De acordo com o levantamento, quase 100% deles precisaram usar oxigênio durante a internação.

A enfermeira da Linha de Cuidados Pós-Covid, Sarah Ribas, estabelece contato periódico, após 24 horas da alta, durante seis semanas. O protocolo foi definido seguindo evidências médicas publicadas em um artigo científico.

A profissional de saúde os questiona sobre febre, falta de ar, tosse e outros sintomas.  Profissionais explicam que, muitas vezes, o paciente precisa ser reinternado.

A profissioal diz que, em alguns casos, a doença se manifestou de forma mais branda e não foi necessária internação. Mas após alguns dias, sequelas apareceram. Muitos são orientados a seguir o tratamento em casa. 

Com a crescente demanda de cuidados após infecção pelo coronavírus, o hospital vai lançar um chatbot que dará suporte ao trabalho humano nos próximos meses. A ferramenta de inteligência artificial já está em desenvolvimento.





 

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