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Estado de Minas HABITAÇÃO

Famílias que correm risco de despejo em Caratinga lutam pela moradia

As famílias ocupam terreno da Prefeitura de Caratinga no distrito de Sapucaia e foram à Câmara pedir apoio dos vereadores para permanecer no local


17/06/2021 20:05 - atualizado 17/06/2021 20:16

Maria de Lourdes, moradora da área ocupada em Sapucaia, fez um apelo dramático aos vereadores para que as famílias não sejam despejadas
Maria de Lourdes, moradora da área ocupada em Sapucaia, fez um apelo dramático aos vereadores para que as famílias não sejam despejadas (foto: Reprodução de vídeo/Câmara Municipal de Caratinga)

As famílias que construíram casas em um terreno da Prefeitura de Caratinga, no distrito de Sapucaia, e que correm o risco de despejo, ganharam mais um prazo para permanecer no local.

Nesta quinta-feira (17/6), a Câmara Municipal de Caratinga, realizou uma audiência pública que debateu sobre a desapropriação do terreno e regularização dos imóveis construídos.
Em 18 de maio, foi cumprida uma ordem de reintegração de posse deste terreno, expedida pela Justiça de Caratinga, mas das 11 famílias que ocupam a área, apenas uma foi retirada de sua casa.

As demais famílias resistiram e resistem até hoje à desocupação.

Na audiência pública, Maria de Lourdes Rodrigues Nunes, representante das famílias de Sapucaia, ocupou a tribuna e fez um apelo dramático aos vereadores.

Ela explicou que em tempos de pandemia, as famílias estão enfrentando muitas dificuldades financeiras e problemas como o desemprego, e não têm para onde ir, caso sejam despejadas.

"Eu gostaria que vocês (vereadores) ajudassem a gente, olhassem para as pessoas que se encontram lá. É gente que realmente necessita daquelas moradias. O meu medo é alguém tirar a gente de lá, a gente não tem outro lugar para ir. E lá tem muitas crianças também", disse Maria de Lourdes.

Jean Rodrigues Batista Lopes, assessor jurídico da prefeitura, que participou da audiência, convidado a explicar como funciona o Reurb, plano de reurbanização da Prefeitura de Caratinga, disse que o problema de reurbanização e regularização fundiária no município está sendo cumprido com sucesso na área urbana. E que pode chegar à zona rural e no distrito de Sapucaia.

Para ele, o primeiro passo é fazer um estudo da situação que envolve cada um dos moradores que construíram suas casas no terreno do município em Sapucaia e ver se essas famílias se enquadram nos requisitos do plano de regularização fundiária.

O advogado das famílias, Alan Augusto, de forma diplomática, considerou importante a interlocução entre o Legislativo para resolver o problema.

Segundo ele, o poder público precisa avaliar a situação dessas famílias, que construíram suas casas há 10 anos, em terreno que estava abandonado.

E não considerou justo o despejo. Embora ainda exista risco de remoção das famílias, a negociação ganhou um capítulo e as famílias terão mais tempo para permanecer em suas casas.


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