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Estado de Minas CRIME CONTRA IDOSOS

Violência contra idoso: polícia faz operação e lança cartilha sobre o tema

Durante coletiva realizada nesta terça-feira (15/6) também foi divulgado um balanço com o número de casos no estado


15/06/2021 18:17 - atualizado 27/06/2021 11:22

Polícia Civil realiza operação para prender suspeitos de violência contra idosos e lança cartilha sobre o tema
Polícia Civil realiza operação para prender suspeitos de violência contra idosos e lança cartilha sobre o tema (foto: PCMG/Divulgação )
Nesta terça-feira (15/6), Dia Mundial de Enfrentamento da Violência Contra o Idoso, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou as prisões feitas durante a operação Mário Quintana que ocorreu na segunda-feira (14/6). Foram cumpridos cinco mandados e dois homens acabaram conduzidos, sendo um deles preso em flagrante por descumprimento de medida protetiva contra pessoa idosa. 

 

 


Além da ação repressiva, o Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam) também lançou, nesta tarde, a Cartilha de Enfrentamento da Violência Contra a Pessoa Idosa.

A publicação traz informações sobre os principais crimes, orientações de como denunciar e endereços de instituições públicas que prestam serviços aos idosos. A chefe do Defam, delegada-geral Carolina Bechelany, reforçou o papel da Polícia Civil no enfrentamento da violência

“A ideia é encorajar e tentar mudar a realidade da violência contra o idoso. Se você conhece alguém que sofre uma violência, denuncie. Procure a Polícia Civil. Nós estamos aqui para ajudá-lo”, disse. 

“Com o lançamento da cartilha, cumprimos também o papel de instituição garantidora de direitos, pois acreditamos que as pessoas que conhecem seus direitos e sabem buscar por eles estão mais protegidas”, completou. 

Estatísticas


Durante a coletiva, a Polícia Civil divulgou um balanço sobre o número de casos no estado. Minas Gerais registrou mais de 5 mil ocorrências contra a pessoa idosa em 2019. Já no ano passado foram 4.745 casos.

Segundo o órgão, os casos apurados são referentes aos crimes de lesão corporal, apropriação indébita, maus-tratos e abandono de incapaz. 

Para a delegada Luisa Drumond, a queda pode ser atribuída à subnotificação devido à pandemia de COVID-19. 

“Verificamos que em 2021, com a flexibilização do isolamento social, os registros voltaram a crescer, apresentando números superiores, inclusive, aos apresentados em 2019”, explicou a delegada, responsável pela Divisão Especializada em Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerâncias. 

Em abril de 2019, foram 404 registros, seguidos de 355 em 2020 e 415 em 2021. O mesmo aconteceu em maio, que em 2019 teve 397, 2020 com 335 e, neste ano, 411.

A delegada falou também sobre o perfil dos agressores. 
 
“A maioria dos casos de violência contra a pessoa idosa é praticada por pessoas que estão no núcleo familiar ou pessoas designadas para cuidar desse idoso. Isso traz um alerta porque justamente um local em que o idoso deveria se sentir amado, cuidado, acolhido, é o local que o deixa em uma situação de insegurança e de fragilidade.” 

Ela destaca ainda a dificuldade que os idosos têm de denunciar. “Já que, muitas vezes, ele depende dessa pessoa que está cuidando dele.”

Diante disso, Luisa reforça a importância de denunciar os crimes de violência contra a pessoa idosa. 

"É fundamental que todos abracem essa luta, lembrando que todos temos o dever de denunciar. Para isso, temos o Disque 100, a Delegacia Virtual e a própria Delegacia Especializada aqui na capital, na Avenida Barbacena, 288, Barro Preto", concluiu. 

Operação Mário Quintana


A operação foi deflagrada na manhã dessa segunda-feira (14/6) para cumprir cinco mandados de prisão. Dois suspeitos foram conduzidos, e um deles preso em flagrante por descumprimento de medida protetiva. O outro investigado foi ouvido e liberado por não ter sido notificado da medida protetiva. Os demais são considerados foragidos.

A chefe da Delegacia Especializada em Atendimento à Pessoa com Deficiência e ao Idoso, delegada Marcelle Bacellar, explicou a escolha do nome dado à operação. 

“Faz homenagem ao poeta e jornalista Mário Quintana, que, em um de seus poemas, disse: ‘Nascer é uma possibilidade, viver é um risco e envelhecer é um privilégio’”, descreveu.
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 



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