Jornal Estado de Minas

LEVANTAMENTO

Hospitais privados de Minas e outros estados vivem escassez de insumos


A falta de insumos essenciais para o tratamento de pacientes com a COVID-19 assola hospitais particulares pelo país. É o que mostra o novo levantamento da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), divulgado nesta quinta-feira (8/4). A pesquisa foi feita com 88 afiliados e, de acordo com a entidade, evidencia que a maioria deles está com “grave escassez” de oxigênio, anestésicos e de medicamentos que compõem o “kit intubação”. 





Entre os hospitais pesquisados, estão instituições mineiras. Na manhã desta quinta, em coletiva de imprensa na Cidade Administrativa, o governador Romeu Zema (Novo) confirmou que Minas enfrentou dificuldades de fornecimento de oxigênio há algumas semanas, e que a situação do estoque de sedativos dos hospitais mineiros é preocupante. “Estamos correndo o risco de pacientes intubados acordarem por falta de sedativos”, disse. 

Os nomes dos hospitais não foram divulgados. De acordo com a Anahp, unidades de saúde particulares de Belo Horizonte, Belém (PA), Blumenau (SC), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), João Pessoa (PB), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS), estão com o abastecimento de oxigênio em situação crítica, sendo que 62,5% informaram que estão com estoque de até uma semana. 

Vinte e três hospitais responderam que têm estoque de anestésicos inferior ou igual a cinco dias. Além de Belo Horizonte, há instituições nessa situação em Ipatinga, no Vale do Aço mineiro, Atibaia (SP), Belém (PA), Bento Gonçalves (RS), Blumenau (SC), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Cariacica (ES), Serra (ES), João Pessoa (PB), Niterói (RJ), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). 





Além de hospitais nas cidades citadas acima, unidades em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, e Cariacica (ES), estão com falta de medicamentos para o kit intubação, como anestésicos, sedativos e bloqueadores neuromusculares. Ao todo, segundo a Anahp, 27 hospitais privados estão em situação crítica em relação ao kit, com estoque igual ou inferior a cinco dias. 

Nove dos 88 hospitais pesquisados afirmaram que não possuem ventiladores mecânicos suficientes para atender à demanda. 

“Os associados da Anahp, em um esforço emergencial, definiram a estratégia de acesso e estão realizando importações extraordinárias dos produtos em falta, com total apoio e agilidade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que alterou procedimentos administrativos de modo a permitir as importações no menor tempo possível”, diz a associação.

“Diante do cenário crítico, a associação ressalta que realiza levantamentos constantes entre os seus associados, com o intuito de identificar aqueles que apresentam cenários mais graves em relação à falta de insumos. Assim, consegue informar o Ministério da Saúde sobre o desabastecimento dos insumos e contribuir com seus afiliados, reforçando o objetivo de enfrentar a doença e salvar vidas”, completa. 



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