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Estado de Minas RELIGIÃO

Semana Santa: orações para dar força aos profissionais na linha de frente

Arquidiocese de BH homenageia profissionais de saúde em celebração da quinta-feira santa. Dom Walmor defende 'caminho da reconstrução' para enfrentar a pandemia


02/04/2021 04:00 - atualizado 02/04/2021 07:41

Missa na Catedral Cristo Rei, sem a tradicional cerimônia do lava-pés, lembrou também as vítimas da COVID-19(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )
Missa na Catedral Cristo Rei, sem a tradicional cerimônia do lava-pés, lembrou também as vítimas da COVID-19 (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )

No lugar dos apóstolos estavam os profissionais de saúde. Em vez da tradicional cerimônia do lava-pés, os pensamentos se voltavam para quem precisa de ajuda. E na ceia simbólica, o alimento veio em orações para dar mais força a quem continua no enfrentamento da COVID-19.

Nessa quinta-feira (01/4), na Catedral Cristo Rei, em construção na Região Norte da capital, o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidiu dois momentos importantes, sem a presença dos fiéis, para marcar a quinta-feira santa e o início do tríduo pascal, "que é o coração da semana santa", conforme explicou.

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Devemos pensar nas pessoas que estão sofrendo em clínicas, hospitais, santas casas e outras instituições. Por isso, mais do que nunca, temos que acender a luz da esperança

Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da CNBB

No fim da tarde, ele recebeu médicos e enfermeiros, esclarecendo que, em razão da pandemia, o rito de lava-pés se tornou, este ano, simbólico, seguindo diretriz do Vaticano, para evitar a disseminação da doença. Já pela manhã, pela primeira vez, a Catedral sediou a Missa da Unidade, desde 1979 celebrada no Ginásio do Mineirinho, na Pampulha, para cerca de 15 mil pessoas.

Dom Walmor disse que o sentimento em relação aos profissionais de saúde é de gratidão e reverência, pois eles estão "cansados e exauridos" na linha de frente contra o coronavírus. "Peço a Deus que os proteja e que, de mãos dadas, fraternalmente, possamos cuidar uns dos outros neste momento".

Para o arcebispo, o remédio para as dificuldades está no serviço à vida e aos pobres: "Sem esse remédio, não poderemos encontrar respostas. Precisamos ter a humildade e a simplicidade de Jesus para superar os problemas."

RECONSTRUÇÃO

Pouco antes da missa da manhã, iniciada às 9h, dom Walmor, também presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), falou sobre "o caminho de reconstrução" que o Brasil precisa trilhar para resolver questões sanitárias, econômicos, sociais. Segundo ele, esse desafio "humano e existencial" passa necessariamente pela solidariedade e valorização da vida.

Médicos e enfermeiros foram recebidos no templo à tarde (E). Pela manhã, as orações foram feitas sem a presença de fiéis (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Médicos e enfermeiros foram recebidos no templo à tarde (E). Pela manhã, as orações foram feitas sem a presença de fiéis (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
"Devemos pensar nas pessoas que estão sofrendo em clínicas, hospitais, santas casas e outras instituições. Por isso, mais do que nunca, temos que acender a luz da esperança. O fundamental é pensar nos pobres e ajudá-los com atos solidários."
 
Durante a missa, houve a bênção dos santos óleos, incluindo uma especial aos enfermos. Dom Walmor, mais uma vez, falou sobre os problemas da saúde e sobre tantas pessoas contaminadas pelo novo coronavírus, pedindo a "força de Deus" para que todos fiquem livres do sofrimento causado pela pandemia e possam viver "com dignidade, alegria e respeito".
 
Na quinta-feira santa, os cristãos católicos lembram a instituição do sacramento da eucaristia, na última ceia vivida por Jesus com seus discípulos, e celebram a unidade do povo de Deus ao redor desse sacramento. Durante a Missa da Unidade, dom Walmor presidiu a bênção dos santos óleos, usados pelas paróquias da Arquidiocese de Belo Horizonte na celebração dos sacramentos: batismo, crisma e unção dos enfermos. Os santos óleos serão posteriormente partilhados com as paróquias.

NOVO TEMPO

Desde 1979, a Missa da Unidade é celebrada no Ginásio do Mineirinho, reunindo mais de 15 mil fiéis, que representam as aproximadamente 1,5 mil comunidades de fé da Arquidiocese de Belo Horizonte.

No ano passado, com a pandemia da COVID-19, houve a necessidade de se respeitar o distanciamento social e a missa foi celebrada pelo arcebispo dom Walmor na menor basílica do mundo – a Ermida da Padroeira de Minas Gerais, no Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, no alto da Serra da Piedade, em Caeté, na Grande BH. Agora, novamente sem a assembleia de fiéis, a Missa da Unidade chega aos lares a partir da Catedral Cristo Rei.
 
Em construção no Vetor Norte de Belo Horizonte, a Catedral Cristo Rei de tornou oficialmente a igreja-catedral da Arquidiocese de Belo Horizonte em 11 de fevereiro, na abertura do Ano Jubilar Centenário da Arquidiocese. Com o avanço nos trabalhos de edificação, a infraestrutura da Catedral Cristo Rei já está a serviço de iniciativas dedicadas à evangelização e ao cuidado com os pobres. O programa “Dai-lhes vós mesmos de comer”, que prepara refeições para centenas de pessoas que moram em vilas e favelas, está entre essas ações. E com o auxílio da tecnologia, as celebrações da catedral chegam aos lares a partir de TVs, rádios e redes sociais de inspiração católica.



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