
Os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão, com autorização de quebra de sigilo de dados, expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Pedro Leopoldo/MG.
Segundo a PF, os furtos eram cometidos por uma organização criminosa formada por quatro mulheres e um homem, que trabalhavam em lojas situadas no terminal de Confins. Os prejuízos causados pela quadrilha são estimados em R$ 600 mil. Apenas entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, a empresa lesada registrou perdas de R$ 185 mil.
A investigação aponta que o grupo agia de maneira planejada, com direito a divisão de tarefas. Uma das suspeitas se apresentava como passageira na área de embarque doméstico, usando inclusive um bilhete aéreo.
Com o auxílio de duas comparsas, ambas funcionárias da empresa lesada, ela entrava na loja de importados, acondicionava os produtos em mochilas e as deixava no provador ou ao lado do caixa.
Com o auxílio de duas comparsas, ambas funcionárias da empresa lesada, ela entrava na loja de importados, acondicionava os produtos em mochilas e as deixava no provador ou ao lado do caixa.
Um terceiro comparsa então entrava no estabelecimento fingindo ser cliente e retirava os produtos. Valendo-se de sua credencial permanente de livre acesso a áreas restritas do aeroporto, ele deixava os itens roubados em local previamente combinado para que a falsa passageira pegasse e, em seguida, saísse pela área de desembarque do terminal.
A PF constatou 28 registros de acesso da falsa passageira à sala de embarque doméstico entre agosto de 2018 e janeiro de 2021. De acordo com as companhias aéreas, ela embarcou em apenas duas oportunidades. Em todas as outras, houve o que se chama de “no show”. Ou seja: a pessoa compra a passagem de avião, mas não viaja.
Os suspeitos responderão por furto qualificado e organização criminosa e podem pegar até 16 anos de prisão. A Justiça determinou a apreensão das credenciais aeroportuárias dos funcionários, que permitiam o acesso em áreas restritas do aeroporto, e o comparecimento semanal ao fórum.
