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Estado de Minas CONDENADOS

Policiais Militares são condenados por homicídio e ocultação de cadáver

Crime aconteceu em 2007


26/02/2021 15:12 - atualizado 26/02/2021 15:36

Julgamento aconteceu no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte
Julgamento aconteceu no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Dois policiais militares foram condenados a mais de 15 anos de prisão pelo homicídio de um homem em 2007. O julgamento começou no dia 24 de fevereiro, no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, e a sentença foi dada na madrugada dessa quinta-feira (25/02).
 
O capitão de iniciais L.V.M foi condenado a 19 anos de prisão pelo homicídio e ocultação de cadáver de um rapaz, à época com 27 anos. Enquanto o soldado de iniciais F.L.O.P irá cumprir 17 anos, acusado pelo homicídio. Ambos, inicialmente, em regime fechado e sem direito a recorrer em liberdade.
 
Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), os policiais assassinaram e atearam fogo no corpo de uma vítima com iniciais D.V.T.C (27) e assassinaram a facadas uma segunda vítima, A.T.A. (26). A motivação do crime seria o roubo de um carro do capitão, que D.V.T.C estaria envolvido.
 
Apesar de ter recuperado o veículo no mesmo dia, o policial L.V.M iniciou uma investigação que apontava D.V.T.C como autor do crime. Segundo o promotor de justiça do MP, Cristiano Lúcio da Silva, o capitão teria planejado o homicídio por vingança, que ocorreu no dia 11 de junho de 2007. 
 
Nessa data, D.V.T.C. foi até uma delegacia para liberar um veículo de sua propriedade, em companhia da outra vítima, A.T.A. Quando saíram de lá, foram abordados pelos militares, que fizeram os rapazes entrar em uma viatura e foram levados até Sete Lagoas, sem registrar nos serviços da PM.
 
Segundo o promotor, eles agiram ilegalmente e confirmaram a ação, mas negaram que tenham matado as duas vítimas. Além disso, Cristiano Lúcio disse que o crime foi descoberto apenas porque no momento em que a viatura passou por um posto da Polícia Rodoviária Federal, D.V.T.C. saiu do carro algemado e pediu socorro. No entanto, os policiais rodoviários acreditaram na versão do capitão, que alegou ser uma diligência policial.
 
Em seguida, ele afirmou que uma testemunha estaria num ponto de ônibus próximo à Polícia Rodoviária e viu a situação. Quando as notícias de desaparecimento dos dois rapazes saíram, ela fez uma denúncia anônima. Durante a investigação dessa denúncia, a polícia encontrou o livro de registro de ocorrências do posto, que detalhava os fatos e os nomes dos policiais militares. 
 
Apesar das duas acusações, o Conselho de Sentença reconheceu apenas o homicídio de D.V.T.C., que pediu socorro ao sair da viatura. Seu companheiro A.T.A. foi encontrado morto dias depois de desaparecer com ele, mas os PMs não foram condenados por esse crime. 
 
*Estagiária sob supervisão de Álvaro Duarte


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