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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: BH abre cadastro para vacinar idosos de 86 a 88 anos acamados

Para os acima de 89, previsão de término é sexta-feira (19). É grande expectativa para a segunda dose em casas de longa permanência


15/02/2021 15:03 - atualizado 15/02/2021 16:11

Vacinação contra a COVID-19 de idosos acima de 86 anos no Centro de Saúde da rua Paraíba, em BH (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press.)
Vacinação contra a COVID-19 de idosos acima de 86 anos no Centro de Saúde da rua Paraíba, em BH (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press.)
Idosos acamados, entre 86 e 88 anos, moradores de Belo Horizonte,  começaram nesta segunda-feira (15/2) a acessar o formulário específico do cadastro visando receber a primeira dose da vacina contra COVID-19. A vacinação será por agendamento em domicílio.

De acordo com a prefeitura, o cronograma para imunização demanda logística específica, levando em consideração diversos fatores como localização, rotas, número de pessoas a serem vacinadas e escalas de trabalho.

O cadastro pode ser realizado no portal da prefeitura, ou pelo 156. Após o cadastro, uma equipe da PBH entra em contato para fazer o agendamento (dia e horário) da vacinação na residência.

Já para as pessoas acima de 89 anos, a previsão é de que até sexta-feira (19/2) todas tenham sido vacinadas. O cadastramento desse público foi finalizado na sexta-feira (12/2). No momento do cadastro, o cidadão pode optar por receber a vacina na residência ou em unidade de saúde.
 
Já nas casas de repouso, de longa permanência e asilos, a expectativa é de que pacientes e funcionários recebam a segunda dose, para que possam começar os protocolos de normalização do funcionamento a partir da imunização.

'Sopro de esperança'


Uma das maiores instituições filantrópicas de acolhimento a idosos, a Sociedade São Vicente de Paula (SSVP), informou que em todas as 13 casas instaladas na capital, funcionários e acolhidos receberam a primeira dose.

Vicente Nazaré Pires, vice-presidente do Conselho Metropolitano da entidade classificou como "um sopro de esperança, aguardado há muito tempo".

Segundo ele, em toda a Região Metropolitana foram vacinadas 1.500 pessoas, entre acolhidos e funcionários. A segunda dose está prevista para 16 de março na capital e para 17 nos 25 abrigos espalhados em 10 municípios da Grande BH.
 
Além de idosos, receberam a primeira dose cuidadores, enfermeiros e técnicos, pessoal de limpeza e cozinha. "O ideal era que todos, inclusive da administração, fossem imunizados, porque afinal acabam por ter contato com os internos, mas depois dessa primeira ação, será necessário um número bem menor de doses", afirma Pires.
 
A maior ansiedade, segundo o diretor, é a retomada gradativa das atividades coletivas. A "sociedade" é também gestora da Cidade Ozanam, que abriga a Vila Vicentina construída em 1900 no bairro Ipiranga, Região Nordeste de BH, para abrigar pessoas em vulnerabilidade.

Idealizada pela SSVP e com características de uma cidade, em terreno doado pela prefeitura, conta com 69 imóveis, distribuídos em uma área de 34.500m². A cidade abriga 72 idosos.
 

Idosa recusou da vacina 

 
Mesmo com toda a campanha e a esperança da chegada da vacina, houve quem se recusasse a recebê-la. Uma senhora no Lar Dona Paula, no bairro Caiçara, na Região noroeste, não quis tomar a vacina.

De acordo com a coordenação da casa, os familiares foram acionados para convencê-la. Porém, todos os demais moradores e funcionários da limpeza, cuidadores, técnicos de enfermagem e cozinheiros foram vacinados em 1º de fevereiro. 
 
A casa tem capacidade para 56 abrigados, mas atende atualmente 39. A instituição só recebe aqueles encaminhados pela prefeitura.

A coordenadora Dalila Barros disse que ao todo 31 funcionários receberam a primeira dose e aguarda agora a autorização de vacinação de outros 14, da administração, coordenação, fisioterapeutas, piscólogos.

Ela foi informada pelo posto de saúde que assim que forem disponibilizados os imunizantes será avisada. A segunda dose está prevista para 3 de maio. 
 

Processo 'organizado' 

Ana Cláudia Rodrigues  Pereira, psicóloga e responsável técnica da Aconchêgo Residência para Idosos, na Cidade Jardim, Zona Sul de BH, se disse "muito satisfeita" com todo o processo por considerá-lo muito organizado. "A secretaria municipal e a  Anvisa enviaram solitação de nome, CPF e filiação tanto de funcionários como dos idosos", disse.

Depois, enviaram uma equipe de uma empresa de saúde parceira da PBH para aplicação das vacinas. "Eles fizeram os cartões e foram muito atenciosos." Foram vacinados nesta primeira fase 75 idosos e 86 funcionários.

A próxima dose está prevista para abril. A casa, segundo a coordenadora, não registrou nenhum óbito pela COVID-19, e que é grande a expectativa para começar a operar as diretrizes da Anvisa pós imunização. 
 
Ana Cláudia conta que obedeceu rigorosamente todas as recomendações, com a quarentena a partir de 10 de março (2020), visitas só permitidas através de distanciamento e higienização da casa quatro vezes ao dia e utensílios após cada utilização.

Em setembro, com diminuição dos índices de contaminação, abriu visitas via agendamento. "Uma forma de diminuir a tendência à depressão entre os idosos", mas após registro de aumento dos índices, a casa fechou novamente. "Estamos programando o retorno de visitas depois de abril, com capotes e máscaras."

Autorização por escrito

 
No Lar dos Idosos Recanto da Saudade, no Salgado Filho, Região Noroeste, a psicóloga Jussane Andrade informou que foram vacinados 27 idosos e funcionários, entre cuidadores, técnicos em enfermagem, enfermerias, pessoal da cozinha e impeza. Faltam ainda psicóloga, assistentes sociais, pessoal da coordenação, do setor administrativo e lavanderia. A segunda dose será em 90 dias.
 
Os preparativos para que os idosos recebessem a vacina contaram com autorização por escrito dos familiares, e rodas de conversa com os internos.

"Eles ficaram muito felizes com a chegada da vacina. Foi tudo muito complicado durante a quarententa. A casa conta com muitos voluntários com atividades diárias, tudo muito animado. E ficou suspenso, ainda com o agravante de não receber visitas, não ter uma escuta. Tentamos amenizar com videochamadas, mas não substitui a presença humana", disse  Jussane. 

Outras casas 

 
Funcionária da Casa da Vovó & do Vovô, na Região da Pampulha disse também que todos foram vacinados. Ela não quis se identificar nem informar o número de atendidos.

Também dizendo não estar "autorizada a dar seu nome ou maiores informações", funcionária do Residencial Equillibrium, no Calafate, na Região Oeste, disse que todos os 11 idosos foram vacinados em 6 de fevereiro, mas não soube precisar a data da segunda aplicação.
 
Os 10 funcionários e 14 idosos do Lar Maria Flor, no Barreiro, também foram vacinados em 4 de fevereiro. A marcação veio através do Distrito Sanitário do Barreiro, informou a coordenadora Suzana Moura. A previsão da segunda dose é de 90 dias. Ficaram fora desta fase nutricionista, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta.



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