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Estado de Minas BRIGA JUDICIAL

'Difícil falar em datas', diz médico da PBH sobre reabertura do comércio

Estêvão Urbano diz que fechamento do comércio já se reflete indicadores da pandemia, mas números ainda caem de forma 'lenta e inconstante'


26/01/2021 15:41 - atualizado 27/01/2021 07:45

Comércio de portas fechadas no Bairro Buritis, Região Oeste de BH, após decreto de suspensão das atividades não essenciais(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Comércio de portas fechadas no Bairro Buritis, Região Oeste de BH, após decreto de suspensão das atividades não essenciais (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Ao menos dois indicadores da pandemia de COVID-19 em Belo Horizonte caíram nesta terça-feira (26/1). Segundo antecipou o infectologista Estêvão Urbano ao Estado de Minas, a taxa geral de ocupação das UTIs baixou de 86% - recorde da série histórica - para 80%. O índice de transmissão, chamado de “fator RT” também apresentou ligeira redução: caiu de 0,98 para 0,97. 

Os números, porém, ainda não despertam otimismo no especialista, que avalia a queda como “lenta e inconstante” - e portanto frágil para sustentar a reabertura do comércio da capital nos próximos dez dias. A retomada das atividades foi determinada pela Justiça esta tarde para o dia 4 de fevereiro, em liminar concedida ao Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos de Minas Gerais (Sindiprom-MG). 

“Todos nós queremos abrir o comércio o mais rápido possível. Mas é difícil falar em datas, pois o vírus se comporta de maneira tão aleatória, que pode chegar no dia 4 e situação ficar muito pior do que a de hoje. Então, com essa antecedência é impossível de se prever qualquer coisa”, analisa o infectologista.

Urbano calcula que as estatísticas ainda devem levar mais algumas semanas para, de fato, refletirem os efeitos do decreto de suspensão das atividades não essenciais, editado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD) em 11 de janeiro. Para o médico, eventos como as festas de fim de ano; o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado em 17 de janeiro e no último domingo (24/1); além do retorno das férias tornam o controle da epidemia mais lento.

“Os indicadores já refletem o decreto. Não fosse por isso, a situação talvez estivesse piorando. Mas a melhora ainda é tímida e inconstante,justamente por causa de algumas questões que ainda reverberam na cidade: as festas de Natal e Réveillon, o retorno das férias, o Enem, além da dificuldade de se manter o isolamento social um ano após o início da pandemia. Não fossem esses fatores, acredito que os números, agora, seriam mais amigáveis”, afirma o profissional de saúde.

“O cenário é, portanto, de instabilidade. Nos próximos dias, podemos ter tanto uma melhora, quanto uma piora das estatísticas. Resta-nos ter paciência e aguardar”, complementa. 

Batalha judicial

É a segunda vez que o decreto 17.523/2021, editado em 11 de janeiro pela prefeitura, é suspenso na Justiça. A primeira foi em 18 de janeiro, por meio de liminar concedida pelo juiz Wauner Batista Ferreira Machado ao Deputado Estadual Bruno Engler (PSL). A decisão foi derrubada dois dias depois (20/1), após recurso apresentado pela Prefeitura de Belo Horizonte. 

A ordem judicial desta terça-feira (26/1), que atende a um pedido do Sindiprom-MG, foi proferida pelo mesmo juiz. A administração municipal informou que já recorreu da deliberação. 







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