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Estado de Minas FEMINICÍDIO

Justiça condena homem que torturou e matou mulher com faca em BH

Julgamento ainda cabe recurso e só aconteceu mais de quatro anos depois do crime


19/01/2021 19:36

Proximidades do local do crime, na Avenida Haydée Abras Homssi, Jatobá IV, no Barreiro, em BH(foto: Reprodução/Google Street View)
Proximidades do local do crime, na Avenida Haydée Abras Homssi, Jatobá IV, no Barreiro, em BH (foto: Reprodução/Google Street View)

 

Demorou, mas o homem que matou uma jovem de 20 anos em 2016 foi condenado a 22 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado. O feminicídio aconteceu em novembro daquele ano, quando Almir Cruz de Souza torturou e tirou a vida de Radmila Hetylle Evangelista Maia Diniz no Bairro Jatobá IV, na Região do Barreiro, em BH.

 

De acordo com relatório do Ministério Público, o crime aconteceu por volta das 2h do dia 8 novembro de 2016, na Avenida Haydée Abras Homssi.

 

A vítima gritou por socorro, mas vizinhos não agiram por medo de represálias. Isso porque Almir, conhecido como Pequeno, já havia sido preso por tráfico de drogas.

 

Segundo o MP, o homem agiu depois de suspeitar que Radmila havia se envolvido com outro homem. Ele, então, convenceu a jovem a reatar o relacionamento somente para facilitar o cometimento do feminicídio.

 

Ainda conforme a Promotoria, Pequeno deu várias facadas em Radmila. Vizinhos contaram ao MP que a relação entre os dois era conturbada, com “muita gritaria”.

 

A jovem, até mesmo, se envolveu em um roubo de carro e trocou tiros com a Polícia Militar em 7 de maio de 2014, quando tinha apenas 18 anos, em Contagem, na Grande BH.

 

Em 27 de janeiro de 2017, a Justiça decretou a prisão preventiva de Pequeno pelo feminicídio. Porém, ele permaneceu foragido. Almir só foi detido em 15 de maio daquele ano, no estado do Rio de Janeiro.

 

Porém, as autoridades fluminenses só avisaram o Judiciário mineiro sobre a detenção quase dois anos depois, em 23 de janeiro de 2019. Por isso, o julgamento só aconteceu quase quatro anos depois do feminicídio.

 

A condenação de 22 anos de prisão considerou três qualificadoras: uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, já que Radmila não esperava as facadas; e meio cruel, por causa do uso da faca. Além, claro, do feminicídio.

 

A decisão ainda cabe recurso.


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