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Estado de Minas PANDEMIA

COVID-19: BH mantém espaço para o lazer mesmo com as novas restrições

Com o fechamento de cinemas e museus, além de veto ao consumo em bares para evitar a propagação do coronavírus, parques são opção para atividades ao ar livre


09/01/2021 04:00 - atualizado 09/01/2021 07:56

Orla da Lagoa da Pampulha é um dos pontos ainda aptos para caminhadas, circuito de bicicleta e exercícios (foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS )
Orla da Lagoa da Pampulha é um dos pontos ainda aptos para caminhadas, circuito de bicicleta e exercícios (foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS )

O cerco ao coronavírus volta a se fechar em Belo Horizonte, desta vez em pleno verão e período de férias escolares, pelo menos nas instituições particulares. Agora com o anúncio da suspensão do funcionamento de shoppings, cinemas, museus, comércio não essencial e outros espaços a partir desta segunda-feira (11/01) por determinação da prefeitura, a população – principalmente crianças e adolescentes – perde algumas opções de lazer. Mas dá para se divertir. Parques públicos, praças e outros locais seguem liberados, com regras para visitação.

As restrições se devem à tentativa de conter o aumento do número de casos da COVID-19 na capital. A escalada nas taxas de pacientes internados vem sendo observada desde dezembro e pressiona a rede de leitos hospitalares.
 
Segundo o boletim da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte de quarta-feira (06/01), quando o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou as medidas restritivas, a ocupação dos leitos de CTI para COVID-19 estava em 86,1%. Na quinta-feira, houve uma pequena queda, com a ocupação nas redes pública e privada passando a 85,1%, mas a situação permanecia crítica (acima de 70%).
 
O Parque Municipal, no Centro, mantém acesso, mas com recomendação de respeito às normas sanitárias e brinquedos proibidos(foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
O Parque Municipal, no Centro, mantém acesso, mas com recomendação de respeito às normas sanitárias e brinquedos proibidos (foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
De acordo com o boletim de ontem, a Secretaria informa que Belo Horizonte já soma 66.916 casos da doença desde março. Desse total, 1.923 pessoas morreram. No ano passado, especialistas também alertavam para um possível salto de casos em função da quebra do isolamento social durante as comemorações do Natal e do réveillon.

Na quarta-feira, a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou o fechamento de diversos serviços não essenciais. Em vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) alertava que o município chegou ao limite da COVID-19. “Nós avisamos, nós tentamos avisar”, enfatizou.

Tempo indeterminado

 
Com a publicação do Decreto 17.523, no Diário Oficial do Município (DOM) de ontem, o comércio da capital volta à fase mais restritiva, como no início do ano passado, quando apenas estabelecimentos com serviços essenciais, como supermercados, padarias e farmácias, puderam funcionar.
 
As restrições começam na segunda-feira (11/1) e seguem por tempo indeterminado. Entre as atividades de lazer suspensas estão cinemas, teatros, feiras, clubes de serviço e lazer, parques de diversão e parques temáticos, além de circos, casas de shows e espetáculos de qualquer nature- za. Bares, restaurantes e lanchonetes não podem atender para consumo interno.

Praças e zoológico também liberados


As restrições do novo decreto não incluem praças, parques públicos, o zoológico e alguns museus da cidade. Desde o segundo semestre do ano passado, as atividades nesses locais seguem liberadas, mas para frequentá-los é preciso tomar uma série de cuidados. Veja a seguir:

Parques públicos municipais

Nove parques de Belo Horizonte estão autorizados a receber visitantes, mas mediante agendamento pela internet. O funcionamento é apenas de quinta-feira a domingo, das 8h às 17h. Cada unidade tem um limite máximo de pessoas que podem entrar por dia. No caso do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de Belo Horizonte, os brinquedos, quadras e aparelhos de ginástica estão interditados. Eventos são proibidos. O Jardim Zoológico e Jardim Botânico de Belo Horizonte também tem agendamento, mas só abre aos sábados e domingos.
 
A lista completa das determinações que devem ser obedecidas para visitação está disponível na página virtual de agendamento de cada local. No entanto, as medidas individuais são as mesmas: uso de máscara que cubra o nariz e a boca, lavar as mãos com frequência e/ou higienizá-las com álcool em gel 70%, manter distância mínima de 2 metros entre as pessoas. A prefeitura também recomenda que as pessoas levem o próprio lanche e garrafa d’água para hidratação, e que deem preferência aos parques perto de casa.

Praças

As praças públicas de Belo Horizonte começaram a ser reabertas em agosto. Não há restrição de horário e as pessoas devem seguir as mesmas orientações dos parques, como usar máscara (até durante as atividades físicas), higienizar as mãos, e manter a distância de segurança, entre outras.

Museus só neste fim de semana

Museus particulares também estavam autorizados a funcionar seguindo protocolos sanitários contra a COVID-19, mas alguns espaços já haviam optado por fechar as portas, como o Museu dos Brinquedos, no bairro Funcionários, Região Centro-Sul de BH, que suspendeu as atividades ontem.
 
No entanto, por meio de sua assessoria de imprensa, a PBH informou à reportagem que museus instalados em Belo Horizonte também vão fechar a partir de segunda-feira.
 
Cinco dos sete espaços administrados pela prefeitura até então estavam abertos e recebendo visitantes por agendamento, com limite de cinco ingressos por pessoa. Este será o último fim de semana com os locais funcionando. As visitas devem ser marcadas pelo site da prefeitura (prefeitura.pbh.gov.br)
 
No dia 5, o governo de Minas suspendeu as atividades de todos os equipamentos públicos geridos pelo estado no Circuito Liberdade, na Região Centro-Sul de BH: Arquivo Público Mineiro, Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, BDMG Cultural, Cefart Liberdade, Centro de Arte Popular, Museu Mineiro, Museu dos Militares e o Palácio da Liberdade. A medida segue critérios do programa Minas Consciente (a capital está na onda vermelha) para evitar a propagação do coronavírus.
 
Somente as programações pela internet estão mantidas. O Espaço do Conhecimento UFMG já estava fechado e continua também com atividades virtuais. Os espaços culturais privados ou parceiros do estado tinham autonomia para funcionar na Praça da Liberdade, mas com a nova determinação da prefeitura a orientação deve mudar.
 

Fala, morador

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(foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS )
(foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS )

“É um novo momento e temos de aprender a lidar com isso, criar regras para que funcione, e não isolar as pessoas. A pessoa não adoece de saúde (física) mesmo, mas de saúde mental também. A gente precisa do sol, de respirar, sair de casa para ficar bem”

Ellen Carolina Silva de Jesus, 40 anos, professora
(foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
(foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)

“A questão do fechamento é uma tristeza, infelizmente, mas, às vezes, é preciso. É hora de a gente se colocar no lugar do outro, de cuidar, ajudar, porque é um período delicado”
 
Íris Oliveira Sathler, 43 anos, professora
(foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
(foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)

“Quando fecha tudo é ruim para todo mundo, mas pelo vídeo divulgado (por Kalil) não vão fechar parques e praças, como no ano passado. Então, ainda vamos ter alguma opção para nos distrair. Agora, é a população colaborar, cada um fazendo sua parte”

Leonardo Camargo Souza, 41 anos, servidor público



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