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Estado de Minas AINDA SEM VACINA...

Expositores da Feira Hippie criticam nova restrição do comércio em BH

Barraqueiros afirmam que nunca houve um momento tão ruim em termos de vendas e destacam que e-commerce também caiu


08/01/2021 19:48 - atualizado 08/01/2021 20:04

Waldirene Sá, à direita, quando a Feira Hippie ainda estava aberta em BH: venda de brincos tende a cair com fechamento(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 20/12/2019)
Waldirene Sá, à direita, quando a Feira Hippie ainda estava aberta em BH: venda de brincos tende a cair com fechamento (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 20/12/2019)

 

O novo decreto do prefeito Alexandre Kalil (PSD) fez o comércio de BH voltar à estaca zero. Apenas serviços essenciais poderão funcionar na cidade a partir desta segunda (11/01). E o reflexo se estende também à Feira Hippie, tradicional ponto de compra e venda na Avenida Afonso Pena, no Centro da capital.

 

A família de Waldirene Sá trabalha na feira há 30 anos com comércio de bijuterias a partir da Arteminas (veja aqui os produtos). Ela procura ver um ponto positivo no fechamento: ele não deve durar tanto como o anterior.

 

"Acho que não vamos ficar seis meses parados. A vacina está chegando. Estamos um pouco mais tranquilos por isso", diz.

 

Porém, ela lamenta o fim do auxílio-emergencial pago pelo governo federal. "Vai ficar mais difícil sem essa ajuda. A cesta básica, pelo menos, a prefeitura continua dando", afirma.

 

Waldirene, contudo, cita uma dor comum entre os colegas de Feira Hippie: muitos dependem totalmente das vendas no tradicional ponto comercial de BH, sem ter canais pela internet nem clientes fora da Afonso Pena.

 

"A gente trabalha muito com venda por atacado. Vendemos para lojas localizadas em pontos turísticos no litoral. Isso ajuda muito. Mas, tem gente que não tem esses contatos nem sabe mexer com rede social. Esses sofrem mais", explica.

 

É justamente o caso de Paulo de Freitas Rodrigues, proprietário da Patricia Freitas Calçados. Eles até têm página no Instagram (clique aqui para conferir os produtos), mas as vendas caem bastante.

 

"O impacto (do fechamento) é grande. As vendas no interior e na loja (online) são pequenas. Estou na feira há mais de 30 anos e meu cliente já está fidelizado naquele espaço", diz o expositor.

 

Ao lado dele, a esposa Patricia, que dá nome à barraca, dá seu ponto de vista. "O público da feira é de outro perfil. Ele não compra pela internet. A gente até divulga, mas tem pouca saída", lamenta.

 

Cristiano Antônio Marçal está há 38 anos na Feira Hippie. Ele trabalha com artesanato de bambu e faz um apelo à prefeitura.

 

"Na minha avaliação, dava pra eles (PBH) segurarem um pouco mais. Está muito complicado. Enquanto a gente continua fechado, muita coisa está aberta. A feira é aberta. Dava para continuar, sinceramente", diz o morador do Bairro Tupi, no Norte de BH.


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