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Estado de Minas PANDEMIA

Kalil: BH fecha se os números não baixarem em uma semana

Executivo municipal está preocupado com avanço da COVID-19 na capital; se não houver melhora, apenas comércio essencial funcionará


30/12/2020 15:15 - atualizado 30/12/2020 17:34

 

Autoridades estão preocupadas com avanço do coronavírus em BH.(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Autoridades estão preocupadas com avanço do coronavírus em BH. (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou, nesta quarta-feira (30/12), que vai esperar a primeira semana de janeiro para definir os rumos de Belo Horizonte no combate ao novo coronavírus A medida foi referendada pelo Comitê Municipal de Enfrentamento à COVID-19. Nos primeiros dias de janeiro, os números da pandemia serão novamente avaliados pelos especialistas. Se não houver melhora, apenas o comércio essencial funcionará.
 

Kalil voltou a fazer um alerta à população belo-horizontina. "Não teremos o menor receio de fechar a cidade. Temos que lembrar, do interior de Minas, da explosão de casos, que as praias vão explodir os casos, e que Rio de Janeiro e São Paulo já estão no vermelho", ressaltou.

 

"Não tenho dúvidas que foi uma das decisões mais difíceis que tomamos nestes meses de pandemia", declarou o prefeito.  

 

Embora os últimos dados divulgados pela prefeitura sobre contágio e mortes relacionados ao novo coronavírus em Belo Horizonte, nessa terça (29), indiquem que a transmissão está em queda, a ocupação de leitos de UTI segue no vermelho.  De acordo com o informe, a taxa de transmissão, também conhecida como Rt, está em 0,95. Nessa segunda (28), o índice foi aferido em 0,96. Ou seja: a semana começou com indicador na fase de controle, a verde, que representa estabilidade nos dados, uma vez que está abaixo de 1.

Kalil demonstrou preocupação com a ocupação de leitos. Conforme o boletim, 78,8% dos leitos de terapia intensiva estão ocupados — o percentual superou os 80% no primeira dia útil da semana. Apesar da leve queda, o número está dentro do alerta vermelho estipulado pela PBH, o que ocorre quando a ocupação fica acima de 70%. 

Dos três indicadores-chave considerados pelo Comitê de Enfrentamento à COVID-19 para tomadas de decisão, o único que apresentou aumento nesta terça foi a taxa de ocupação dos leitos de enfermaria, que subiu de 61,2% para 63,8%. O índice está no alerta amarelo, que é considerado quando o parâmetro está acima de 50%.

Casos e mortes


O último boletim divulgado aponta 461 novos casos confirmados de coronavírus e mais sete mortes. Ao todo, já são 62.286 diagnósticos positivos para COVID-19 e 1.846 vidas perdidas por causa da doença. Outros 103 óbitos são investigados.

Comerciantes se opõem a fechamento


Nessa terça, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) divulgou nota pedindo ao prefeito que não determinasse a restrição das atividades. “Desde o processo de reabertura, iniciado gradualmente no início de agosto, o comércio, em sua ampla e imensa maioria, tem adotado todos os protocolos sanitários exigidos para os devidos cuidados com a saúde dos trabalhadores, consumidores e da população de modo geral. Uso de máscara, disponibilização de álcool em gel, atendimento sem aglomeração de pessoas é o que temos visto nos estabelecimentos que voltaram a abrir suas portas”, diz o texto.

O setor teme que novo recuo na flexibilização impacte negativamente a economia belo-horizontina. “O comércio é o responsável por 72% do Produto Interno Bruto (PIB) em nossa capital e gera mais de um milhão de empregos”, argumentam os empresários.

No último dia 16, a CDL-BH reivindicou a ampliação do horário de funcionamento das lojas. Dois dias depois, a entidade foi atendida em seu pleito pelo prefeito reeleito da capital.

Histórico


Em 18 de março, Kalil determinou o fechamento do comércio não essencial. Em maio, uma flexibilização permitiu o funcionamento de algumas atividades. No fim de junho, novo passo atrás. Depois, a partir de agosto, arrochos graduais começaram a ocorrer, levando em conta os indicadores que retratam o cenário da pandemia.


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