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Estado de Minas VAI TER OU NÃO?

Reajuste nas passagens de ônibus em BH segue indefinido

Com 2021 "batendo à porta", a capital ainda não tem nada definido sobre o reajuste nas tarifas; Setra informou que não terá reajuste na virada do ano


28/12/2020 22:09 - atualizado 28/12/2020 22:38

O último aumento da tarifa de ônibus em BH foi há dois anos, em 2018(foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A. Press)
O último aumento da tarifa de ônibus em BH foi há dois anos, em 2018 (foto: Juarez Rodrigues/EM/D. A. Press)
 
Os usuários de transporte público de BH sempre esperam no fim do ano o aumento da passagem. Mas, para 2021, a capital ainda não definiu se terá ou não reajuste nas tarifas de ônibus. A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) e o prefeito Alexandre Kalil informaram que nada está decidido.

 Por outro lado, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) disse que não haverá reajuste no início do ano, como de costume.

Segundo o sindicato, não há reuniões previstas para esta semana e para as semanas seguintes sobre o tema. Comunicou ainda que a pauta sobre o reajuste corre o risco de ser discutida somente no segundo trimestre de 2021 e reforçou, novamente, que nada está definido.

A BHTrans informou que a imprensa será comunicada assim que uma decisão for tomada sobre o possível reajuste nas tarifas dos ônibus da capital.

Já o prefeito Alexandre Kalil disse que o reajuste tem época e, por estar “fora” da época, não sabe se vai ter aumento ou não. “ Na época certa a imprensa vai saber", informou Kalil. Ele disse ainda que "ainda não chegou no fim do ano não, quando chegar nós vamos saber".
 

Último reajuste foi em 2018


O último aumento da tarifa de ônibus em BH foi há dois anos, em 2018, quando a passagem passou de R$ 4,05 para R$ 4,50. No fim de 2019, o Setra e a prefeitura travaram uma discussão em relação ao reajuste, pois os empresários queriam o aumento da tarifa para R$ 4,75. 

O aumento chegou a ser confirmado pela Justiça e começou a valer no início deste ano, mas a prefeitura entrou com recurso, ganhou e a passagem voltou para o preço de R$ 4,50.

De acordo com o movimento Tarifa Zero, que luta pelo transporte de qualidade e de baixo custo na capital, a passagem não deve ser reajustada. "A gente teve um ano de pandemia em que a renda das pessoas caiu consideravelmente e o desemprego aumentou. Além disso, tivemos cortes de linhas, cortes de horários, descumprimentos de regras de lotação e  de padrão de qualidade. Elas estão descumprindo a regra de cobradores. Em todas aspectos elas descumprem a lei para diminuir custos e agora elas não podem exigir aumento de uma população que está prejudicada e explorada", afirma André Veloso, um dos participantes do movimento. 

André Veloso ainda ressaltou o fato de Belo Horizonte ter uma das tarifas mais caras do país e que a qualidade do transporte não faz jus aos reajustes frequentes. Disse que a expectativa é que 2021 não tenha aumento em decorrência da situação econômica que estamos enfrentando.

"A prefeitura tem que reformular o sistema para discutir política tarifária. Enquanto a prefeitura não centralizar recursos e criar instrumentos financeiros de coerção dessas empresas de ônibus, ficaremos na mão dos empresários de ônibus. Não adianta chegar no fim do ano falando que não vai aumentar a passagem como se isso fosse favorável, isso é o mínimo para se começar um debate sobre a reformulação do transporte coletivo", pontuou.

Reajuste em Ribeirão das Neves


No último dia 21, a tarifa do transporte municipal de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, passou de R$ 4,25 para R$ 4,86, causando revolta aos usuários. O aumento da passagem foi parar na justiça.


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