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Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Polícia ouve familiares de mulher morta após queda de prédio no Castelo

Hilma Balsamão, de 38 anos, caiu de uma altura de 15 metros quando participava de festa em casa do namorado


09/12/2020 15:53 - atualizado 09/12/2020 17:26

(foto: Reprodução redes sociais)
(foto: Reprodução redes sociais)

Familiares de Hilma Balsamão, de 38 anos, morta após uma queda, em 20 de novembro, de uma cobertura em um prédio no Bairro Castelo, na região da Pampulha, foram ouvidos pela primeira vez no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Mãe, filha e um casal de irmãos da vítima prestaram depoimento durante todo o dia. Seis pessoas já depuseram no inquérito que apura se houve crime ou suicídio. 
Familiares e amigos de Hilma compareceram à delegacia com camisetas com a foto da administradora de empresas, que morreu durante uma festa no apartamento de onde caiu de uma altura de 15 metros. Junto à fotografia, vinha estampada a frase  "o que aconteceu com Hilma?". De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar registrado no dia do fato, levantou-se a hipótese de suicídio.
 
Michele Balsamão de Morais, irmã gêmea de  Ilma, que mora em São Paulo, disse que a família aguarda uma resposta das investigações. "Não sabemos o que aconteceu e precisamos de uma resposta. O que nos causa grande revolta." O irmão Mauro Filho, de 33 anos, disse que a família "vive com um nó na garganta desde o dia do acontecimento. Precisamos de uma resposta". Ele contou que a primeira a saber da tragédia foi a filha de 16 anos, que também prestou depoimento pela manhã. 
 
Hilma Balsamão estava em uma festa na casa do namorado e empresário Gustavo Veloso, quando caiu da cobertura e morreu, no último dia 20 de novembro. O empresário alega suicídio, mas o caso continua em investigação. Segundo os irmãos, o empresário não tinha convivência próxima da família e que até o momento não foram procurados por Gustavo.
 
A delegada-geral da DHPP, Letícia Gambogi disse que a investigação segue em segredo de justiça e que a polícia somente se manifestará após conclusão do inquérito, "quando a justiça assim permitir." Ela disse que a polícia vem reunindo provas subjetivas e objetivas para que o caso possa ser esclarecido dentro do prazo legal de 30 dias. 

O caso

A festa aconteceu no dia 20 de novembro no apartamento do empresário Gustavo de Almeida Veloso, de 42 anos, apontado como namorado de Hilma. O boletim de ocorrência da Polícia Militar, chamada ao local por outro morador do prédio, que vive no primeiro andar, mostra que o acionamento da corporação ocorreu às 23h31. 

Nas informações que prestou, o vizinho disse ter ouvido o barulho de algo caindo em sua área privativa. Ao chegar, viu que se tratava de uma mulher e que possivelmente já estaria morta. Ele afirmou que uma festa estava sendo realizada desde o início da tarde na cobertura do prédio, que tem quatro andares, e que ouviu pessoas discutindo antes da queda. 

A defesa de Veloso afirma se tratar de suicídio. O dono do apartamento de onde a administradora caiu disse à polícia que mantinha um "relacionamento afetivo casual" com Hilma e que a mulher teria chegado à sua casa por volta das 14h. Familiares da administradora de imóveis, no entanto, dizem que Gustavo era seu namorado.

Segundo o empresário, os dois beberam e, à noite, discutiram. Na versão de Veloso, Hilma teria ficado nervosa após sua recusa em "manter relacionamento" com ela naquele momento. Ele afirma ter pedido ao filho, de 17 anos, que filmasse o que estava acontecendo. Hilma teria jogado o telefone do garoto no chão e se dirigido à sacada, de onde se jogou. O dono do apartamento negou ter agredido a mulher.

O processo corre em segredo de Justiça 

A mãe de Hilma afirma que a família não aceita a possibilidade de suicídio. "Dizem que todos podem surtar, mas isso não cabe nela. Achei tudo muito estranho. Ficamos em suspenso. A família não aceita isso porque não tem a ver com a personalidade dela. Não estou acusando ninguém, mas achei tudo muito estranho", diz Excelsa, que não tinha contato com o namorado da filha. 

A família afirma que o que ocorreu com a administradora de imóveis só vai ficar claro depois que os laudos periciais ficarem prontos. "Enquanto não saírem, é só especulação. O corpo fala", diz a mãe de Hilma.
 
Com informações da Agência Estado. 


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