
Os presos têm entre 21 e 23 anos e vinham do Estado de São Paulo. Segundo o delegado chefe do 9º Departamento da PC, Marcos Tadeu de Brito, o golpe era aplicado em dois momentos. Primeiro eles ligavam para as vítimas e perguntavam sobre uma falsa compra feita com cartão de crédito, que não era reconhecida pela vítima. Os homens, então, pediam para que ela ligasse para a central de atendimento da operadora do cartão. No entanto, eles não desligavam a chamada sem a pessoa perceber. A partir daí, faziam um atendimento como se fosse da central do cartão. “Eles pediam dados, inclusive a senha do cartão, que a pessoa digitava e os estelionatários, com um aplicativo específico, conseguiam reconhecer a digitação da senha”, disse o delegado.
Num segundo momento, uma falsa equipe da operadora buscava o cartão da vítima, que era orientada a quebrá-lo, o que dava a segurança para que o objeto fosse entregue aos golpistas. Entretanto, se o cartão estivesse com o chip intacto, era possível fazer operações. Foram feitas compras e saques nos últimos 15 dias, pelo menos.
Depois de denúncias de quatro vítimas, a PC conseguiu identificar o carro usado pelos estelionatários, que era alugado, e o hotel onde eles estavam hospedados. Na abordagem, então, a PC encontrou máquinas de cartão e até um caderno com contatos de possíveis vítimas, o que mantém a investigação em aberto para apuração de quantas pessoas foram lesadas. Do montante de dinheiro apreendido, R$ 15 mil eram em espécie. Máquinas de cartões foram apreendidas, além de bebidas e roupas usadas pelos estelionatários no golpes.
“Os três presos serão indiciados por estelionato e associação criminosa. Nós ainda chamamos pessoas que podem ter caído no mesmo golpe a procurarem a Delegacia Regional em Uberlândia, pois certamente há mais vítimas”, disse Marcos Tadeu. Ele ainda lembrou que os donos nunca informe senhas de seus cartões nem os descarte com o chip intacto.
