
Manifestantes acusam a PM de violar os direitos humanos das famílias. “Cenário de guerra aqui, bomba, caveirão, choque contra nós. Não há como evitar aglomeração. Há grávidas, idosos e outras pessoas do grupo de risco, completamente expostas ao vírus e à violência policial”, diz nota enviada pelo MST.
Após 50 horas, PM cumpre ação de reintegração de posse em Campo do Meiohttps://t.co/ngMFadkvis pic.twitter.com/fziPEFvCb3
— Estado de Minas (@em_com) August 14, 2020
Manifestantes afirmam que foram cercados pelo helicóptero da Polícia Militar, no fim da manhã dessa sexta-feira. “A PM usou helicóptero para nos intimidar. Avançaram sobre as famílias. Sobrevoando baixo e levantando poeira para cima das pessoas. Querem forçar o despejo ilegal e desumano durante a pandemia. Estão propagando o vírus da COVID-19”, afirma Sílvio Netto, dirigente nacional do MST.
Imagens do helicóptero da PM e poeira sendo levantada foram compartilhadas nas redes sociais. “Não temos como passar por cima das famílias com o helicóptero. O apoio aéreo está sendo feito desde o primeiro dia para monitorar os manifestantes. O excesso de poeira é em decorrência ao tipo de local. É uma área rural com vegetação seca”, diz major.

Confira a transmissão da TVPMMG:
De acordo com o MST, a PM conseguiu dispersar as famílias a força e um integrante ficou ferido. “Tivemos um integrante ferido atingido por gases e bombas. Está a caminho do hospital”, diz.
A Polícia Militar explica que no local tinha uma base com médicos para socorrer possíveis vítimas. “Até onde eu participei, não vi nenhuma vítima se apresentando no local. Mas não foi detectado, até o momento, nenhum ferido por parte dos manifestantes”, afirma major.

Ainda segundo os manifestantes, a área foi reintegrada, mas as famílias vão continuar no local. “O MST já desocupou a área referente à sede da usina e luta para que casas e lavouras não sejam destruídas”, afirma.
A Polícia Militar cumpriu a ação de reintegração. Agora, o local está sob a responsabilidade da Justiça. “O local é grande, eles podem ficar fora da área reintegrada. A PM entregou o terreno em segurança. Agora, os oficiais de justiça seguem com os trabalhos”, finaliza major.
