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Estado de Minas DESEMPREGO

Demissão em massa deixa 36 agentes socioeducativos sem emprego em Uberaba

Desligados pelo estado, funcionários do centro de recuperação de menores da cidade alegam não ter recebido direitos trabalhistas e se queixam do corte em meio à pandemia: 'Todo mundo pai de família'


06/08/2020 10:03 - atualizado 21/08/2020 12:52

Centro Socioeducativo de Uberaba (CSEUR): corte em massa deixou 36 agentes sem emprego em meio à pandemia de COVID-19(foto: Fábio Braga)
Centro Socioeducativo de Uberaba (CSEUR): corte em massa deixou 36 agentes sem emprego em meio à pandemia de COVID-19 (foto: Fábio Braga)
Trinta e seis agentes do Centro Socioeducativo de Uberaba (CSEUR), admitidos pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), protestam contra o encerramento de seus contratos em meio à pandemia de COVID-19. Os convênios estavam vencidos, mas os funcionários alegam que o estado não levou em consideração a Emenda ao Projeto de Lei 1725/2020, do deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB), aprovada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), poucos dias antes das demissões. A legislação permite à Sejusp aditar e prorrogar os contratos, que terminaram em 29 de junho.

Um agente do CESEUR que estava no cargo há oito anos, e que prefere não se identificar, disse estar revoltado com a dispensa. “É todo mundo pai de família que acabou perdendo os seus empregos. E ainda mais em meio a uma pandemia. Perderam os seus empregos também o pessoal de penitenciárias e centros socioeducativos de várias cidades do Estado, não somente, o pessoal da segurança, mas também outros profissionais contratados, como assistentes sociais, psicólogos, entre outros”, contou. 

O agente socioeducativo do CSEUR argumenta ainda que foi desligado sem receber direitos trabalhistas. “Eu trabalhava a noite e o estado não me pagava adicional noturno. A gente vai ter que entrar na Justiça para receber este adicional, que é de direito nosso. Além de a gente ter saído na época da pandemia, nós saímos com ‘uma mão na frente e a outra atrás’. O contrato é desumano. O servidor perde o emprego, mas nunca deixará de ser agente perante a todos”, desabafou.

A Sejusp alega que os desligamentos foram feitos conforme os vencimentos dos contratos. Alguns, com possibilidade de renovação, teriam mantidos. “Não há, contudo, como prever quantas renovações serão realizadas e quando elas acontecerão. Novas informações serão disponibilizadas em momento oportuno, nos canais oficiais da SEJUSP. Em tempo, foi aprovado pelo Governo do Estado a realização de um concurso público para o cargo de policial penal/agente penitenciário, com previsão de 2.420 vagas. A comissão organizadora está trabalhando no edital”, diz a nota do órgão. 


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